Prosimetron

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segunda-feira, 21 de julho de 2008

Da Pérsia actual

Respondendo à provocação do João apenas direi que as barbaridades na Pérsia, hoje Irão, continuam muito tempo depois de Alexandre, como se vê no texto abaixo, que me foi comunicado pelo Dr.João Paiva da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, a quem agradeço.



Adultério

Irão condena nove à morte por apedrejamento

Oito mulheres e um homem foram condenados à morte por apedrejamento no Irão após terem sido acusados de adultério e outras condutas de natureza sexual consideradas crime no país, segundo informações da advogada e activista iraniana de direitos humanos, Shadi Sadr

«Os veredictos foram aprovados e eles podem ser executados a qualquer momento» , disse Sadr, da Rede de Advogados Voluntários, que representa as mulheres no caso.

Os advogados de defesa fizeram um apelo para impedir que as sentenças sejam cumpridas.

Existe uma moratória nos apedrejamentos desde 2002, mas há relatos de que pelo menos três pessoas tenham sido mortas dessa maneira desde então.

A última morte por apedrejamento oficialmente registada no Irão provocou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos e da União Europeia.

As oito mulheres condenadas, com idades entre 27 e 43 anos, foram acusadas de prostituição, incesto e adultério, de acordo com a Reuters.

O homem, um professor de música de 50 anos, foi condenado por ter relações sexuais com uma estudante.

No sistema de lei islâmico aplicado pelo Irão, o adultério é punido com morte por apedrejamento.

Em teoria a morte por apedrejamento aplica-se a homens e mulheres, mas as advogadas dizem que na prática são mais as mulheres do que os homens a receberem a punição porque em geral são menos instruídas e mal representadas nos tribunais.

Sob o código penal iraniano, os homens condenados por adultério devem ser enterrados até a cintura antes de ser apedrejados. As mulheres são enterradas até a altura do peito. As pedras não devem ser grandes o suficiente para matar a pessoa de forma instantânea.

Sadr pediu apoio à comunidade internacional na sua campanha e disse já ter recebido apoio de organizações de direitos humanos.

3 comentários:

João Soares disse...

Ligar esta barbarie a provocacao do outro post... Caramba! Sabes se existe algo que um mero cidadao possa fazer?

Nuno Castelo-Branco disse...

vamos ao Irão de férias?

LUIS BARATA disse...

jOÃO: Talvez o melhor seja através da Amnistia Internacional, Secção Portuguesa. Já devem ter uma campanha montada.

NUNO: Por acaso até gostava de ir, sobretudo a Persepolis, mas só vou ao Irão com imunidade diplomática...