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domingo, 20 de julho de 2008

Natalie Wood

Natalie Wood nasceu a 20 de Julho de 1938 em San Francisco. Faria hoje 70 anos.

Natalia Nikolaevna Zakharenko, filha de imigrantes russos, estreou-se no grande écran com apenas 4 anos em Happy Land de Irving Pichel. Dois anos depois, Pichel juntou Claudette Colbert, Orson Welles e Natalie no filme Tomorrow is forever. Natalie, no seu papel de órfã alemã refugiada e com um sotaque genuinamente germânico, evidenciou o seu talento de tal forma que Orson exclamou: “She was so good, she frightened me”.

A sua participação noutras películas, tais como Miracle on 34th street com Maureen O’Hara (1947), The Ghost and Mrs. Muir (1947) com Gene Tierney e Rex Harrison (película apresentada pelo João Soares), ou The Blue Veil (1951) com Jane Wyman e Charles Laughton, valeram à jovem Natalie um cachet de 1000 dólares por semana.

Em 1955, Natalie representa “Judy” ao lado de James Dean no clássico Rebel without a cause e torna-se assim num dos maiores ídolos de cinema da década de 50. A sua beleza e postura graciosa, sobretudo os seus olhos castanhos maravilhosos, são os seus atributos inconfundíveis, por vezes sinónimos de uma fragilidade e vulnerabilidade de que Natalie se afastaria muito dificilmente nos seus futuros papéis.

Enquanto a imprensa cor-de-rosa se dedicava à relação com Robert Wagner (com quem Wood casaria por duas vezes, em 1957 e 1972), o público e os críticos mostravam-se, de modo geral, impressionados com o percurso da carreira de Natalie. Refira-se a sua interpretação em Kings go forth com Frank Sinatra e Tony Curtis (1957) , em Marjorie Morningstar ao lado de Gene Kelly (1958) ou Splendor in the grass de Elia Kazan ao lado de Warren Beatty (1961).
Alcança o seu maior triunfo como Maria na adaptação do musical West Side Story sob a realização de Robert Wise em 1961. Tal como viria a acontecer com Audrey Hepburn em My Fair Lady, o desempenho vocal ficaria a cargo de Marnie Nixon (e não de Natalie).

Após vários sucessos em filmes como Gypsy (1962), Love with the proper stranger ao lado do seu querido Steve McQueen (1963) e Bob and Caroline and Ted and Alice de Paul Mazursky (1969), Wood decide “ser ser mãe em primeiro lugar, e actriz em segundo”. Raras são assim as suas aparições nos anos setenta, à excepção da sua participação televisiva em From Here to eternity de Buzz Kulik, baseada na obra de James Jones, e da sua interpretação de Maggie em Cat on a hot tin roof na Broadway.

Natalie Wood
não tinha ainda concluído o seu último filme Brainstorm quando, durante um passeio de barco juntamente com Robert Wagner e Christopher Walken, morre afogada em circunstâncias misteriosas a 29 de Novembro de 1981.

Natalie ganhou três Golden Globe Awards e foi nomeada para o Óscar de melhor actriz por três vezes.
O desaparecimento precoce de Natalie deixou uma grande lacuna no estrelato de Hollywood.
We all miss you very much!

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