Prosimetron

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domingo, 20 de julho de 2008

José Luís Peixoto

José Luís Peixoto é um autor Português, nascido em Galveias, Portalegre, em Setembro de 1974, que se destaca na prosa e na poesia. O seu primeiro romance, "Nenhum Olhar", foi publicado em 2000 e recebeu o Prémio Literário José Saramago (foi referenciado há uns tempos pela "Monocle" como uma obra a ler). Em 2001, a primeira publicação de poesia com "A Criança em Ruínas". Em 2002, publica "Uma Casa na Escuridão" em prosa e o acompanhante "A Casa, a Escuridão" em poesia. Em 2006, "Cemitério de Pianos" trasladou os leitores para Benfica; em 2007, "Cal" foi uma das minhas últimas leituras em Portugal: narra a participação de um português na maratona dos Jogos Olímpicos de 1912, ao som e ritmo do que passa pela cabeça do atleta enquanto corre a prova, com outras narrativas em paralelo. De todas as suas obras, "Morreste-me" foi a que mais me marcou, pela inevitabilidade e a emoção passadas a papel. Autor de letras para música e dramaturgo, o seu "Quando o Inverno Chegar" foi encenado no São Luís; curiosamente, no dia em que fui a sala estava meio cheia, seria por não se saber? Talvez. Reparei recentemente que publicou uma nova obra de poesia, "Gaveta de Papéis"; fico na expectativa de a ler.
Temas recorrentes na sua obra incluem a secura da paisagem alentejana, a morte, a solidão, o resurgimento da vida, a generosidade. O fantástico é outra das ferramentas que usa habilmente. Uma das grandes virtudes que retiro da leitura das suas obras é, a meu ver, a grata redescoberta da riqueza e unicidade do português enquanto forma de expressão. Não trouxe nenhum dos seus livros comigo. Agora, tenho pena.

3 comentários:

Pedro Rapoula disse...

Queres que te mande algum em especial? ;)

Abraços lisboetas

Pedro

LUIS BARATA disse...

Pois é, para variar estou em contra-corrente. Nunca consegui terminar um livro do J.L. Peixoto.No entanto, gosto das crónicas dele.Tenho, porém, que reconhecer que é uma pessoa encantadora, sem as manias e as pretensões de alguns dos seus pares... No names! como dizia a outra.

João Soares disse...

Olá Pedro,

Muito obrigado - a minha irmã enviou-me a semana passada um exemplar do "Nenhum Olhar", pelo que já tenho companhia.