Prosimetron

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domingo, 31 de agosto de 2008

Diana de Gales -- 11 anos depois


Passaram 11 anos desde a morte da Princesa Diana de Gales. Tenho a teoria de que toda a gente sabe onde estava quando soube da sua morte, algo comparável ao 11 de Setembro, à chegada à Lua ou ao assassinato de JFK.

Eu estava num vôo entre Pequim e Hong-Kong, num Boeing enorme e quase vazio, com a minha amiga Susanna. Ela estava a ler um jornal (em chinês), virou-se para mim e disse "Di died!", apontando para o jornal onde se via um carro acidentado e, naturalmente, caracteres em chinês. Perante a minha incompreensão da repetição fonética ("Di died! Di died!"), abrandou e traduziu que a Princesa tinha morrido num acidente de viação no tunel da Pont de l'Alma em Paris.

10 comentários:

Anónimo disse...

Vai desculpar-me a minha afirmação:
-Não compreendo porque é que esta princesa se tornou uma espécie de deusa!

João Soares disse...

Não há razão para pedir desculpas -- se se tornou "uma espécie de deusa", também para mim será um mistério.

O que me intriga sociologicamente é o grau de fenómeno que atingiu com a sua morte (será comparável a uma Marilyn Monroe, um James Dean, um RFK, um Martin Luther King, um Anwar Sadat, um Olof Palme? Pois não sei). No entanto, toda a gente parece saber onde estava quando soube da sua morte. E isso intriga-me.

Anónimo disse...

A sua questão é pertinente.
Faz reflectir sobre as mudanças que um ser pode operar num todo social.
Serão (os nomes que apontou) uns mais importantes do que os outros?
Não encontro resposta. Claro, Diana pode acrescentar-se à sua lista. Era bom que as soluções pudessem ser lineares.

Só tenho o prazer de dizer que não sei o que fazia quando Diana morreu.

Anónimo disse...

Também não faço a mínima ideia o que fazia quando ela morreu. Sempre a achei o que se chama uma «disfarçuda». Não tenho qualquer simpatia por ela porque não tenho qualquer simpatia por gente que vem discutir a sua vida íntima na via pública.

LUIS BARATA disse...

Concordo com a tese do João,tenho falado com muita gente que se lembra exactamente onde estava quando ocorreu a morte de Diana de Gales.Eu lembro-me, estava de férias na Califórnia e recordo-me perfeitamente do frenesi mediático a que assisti nesses dias.
Engraçado, que também me lembro onde estava no dia do casamento dela- ia a caminho do Algarve e assisti a parte da cerimónia num televisor de um restaurante de estrada onde almocei.
Goste-se ou não de Diana, a verdade é que foi um fenómeno sociológico à escala planetária, durante alguns anos foi a mulher mais fotografada do planeta e uma revista com ela na capa vendia sempre o dobro ou o triplo da tiragem habitual.

Anónimo disse...

Claro, que tinha que ser mediática! Os media desenrolaram, durante décadas, uma história de "princesas e príncipes" numa época de algum mau-estar. Alienavam-se assim, as pessoas com algo que podiam sonhar. Vestidos bonitos, jóias,...aquilo que só acontece nos filmes e fazem esquecer o cansaço e a rotina dos dias.

O que acho criticável na princesa é ela ter perdido o sentido de estado em alguns momentos da sua vida (não gosto de coscuvilhices).

Achei graça à referência ao casamento da mesma. Realmente, também vi na televisão, possivelmente nas notícias.

Anónimo disse...

Claro que foi um fenómeno mediático. As pessoas são muito voyeuristas.
Sentido de Estado foi coisa que ela nunca teve.
Para que não haja confusões, não entendo regimes monárquicos na Europa do século XXI. Mas acho graça que estas «pequenas» que casam com os herdeiros dos tronos querem-se comportar como se vivessem em República. Não posso deixar de achar graça.
E compará-la a RFK, Martin Luther King ou a Olaf Palme?! Haja piedade!

Anónimo disse...

Quanto a monarquias e repúblicas acho que têm espaço para coabitar.

Sou republicana mas, neste momento, se viesse um rei que governasse bem Portugal não me importaria!

Anónimo disse...

Esqueci-me de dizer, no comentário anterior, ninguém compara a Diana a RFK, Martin Luther King ou a Olaf Palme.

O que se foca é que existiram pessoas que foram, graças à sua auréola (ou que quiser chamar)fenómenos marcantes para uma série de gerações.

Da república à monarquia.

LUIS BARATA disse...

Meu caro Anónimo das 16.43: Sem querer entrar em discussões monarquia/república, sempre direi que acho curioso quando diz que não compreende monarquias na Europa do séc.XXI, porque olhe que ainda são algumas: Espanha,Suécia,Noruega,Reino Unido,Dinamarca,Luxemburgo,Holanda,Bélgica e os pequenos Mónaco e Liechtenstein. E não são propriamente países atrasados...