Prosimetron

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domingo, 14 de setembro de 2008

Romy Schneider


Romy Schneider faria 70 anos no próximo dia 23 de Setembro. A comunicação social alemã e austríaca assinala esta efeméride com especial atenção e dedicação: foram lançadas recentemente novas biografias sobre a actriz, e as estações de televisão recordam Romy através de documentários e filmes.

Rosemarie Magdalena Albach (Romy Schneider), filha dos actores Magda Schneider e Wolf Albach-Retty, nasce em Viena a 23 de Setembro de 1938. Passa a sua infância e juventude na capital austríaca e em Berchtesgaden (Baviera).
A sua estreia no cinema dá-se em 1953 na película alemã Wenn der weisse Flieder wieder blüht ao lado da mãe Magda.

Em 1955, Romy é convidada pelo realizador Ernst Marischka para o papel principal na trilogia sobre a imperatriz Elisabeth (Sissi). Os filmes, um enorme sucesso em toda a Europa, tornam Romy numa das mais populares estrelas do cinema dos anos 50. O mundo germânico revê em Schneider a perfeita soberana austríaca, os convites que se seguem são versões invariáveis do mesmo estereótipo.

Durante as filmagens para a adaptação cinematográfica da novela Christine de Schnitzler, Romy conhece Alain Delon com quem vive em Paris até 1963. Visconti descobre os dois actores para a peça Dommage qu’elle soit une P...! no Théâtre de Paris, e graças à sua magnifica interpretação, “la Schneider” inicia a sua segunda (e verdadeira) carreira em França, dissociada do clichet de Sissi.
Trabalha com os grandes nomes como Orson Welles (O processo, 1962), Otto Preminger (O cardeal, 1963), Clive Donner (What’s new pussycat, 1965) e Jacques Deray (“A piscina”, 1969, novamente ao lado de Delon).



Em tandem com o realizador Claude Sautet, consagra a sua carreira com os melhores filmes da sua vida artística: Choses de la vie (1970) com Michel Piccoli, Max et les ferrailleurs (1971), também com Piccoli, César et Rosalie (1972), ao lado de Yves Montand e Sami Frey, bem como Une histoire simple (1978) com Claude Brasseur e Bruno Cremer. Nestes papéis, Romy atinge o auge da sua capacidade e criatividade profissionais. Não nos esqueçamos, naturalmente, da sua passagem pela obra prima Ludwig II de Visconti (1973).

A vida privada de Romy é marcada de momentos difíceis e dolorosos: seu primeiro marido comete suicídio, seu filho morre aos 14 anos.

Romy Schneider faleceu em Paris a 29 de Maio de 1982, devido a insuficiência cardíaca. Poucos dias antes, tinha completado o seu último filme La Passante du Sans-Souci de Jacques Rouffio que recomendo a todos os admiradores desta grande actriz.

3 comentários:

Anónimo disse...

Os filmes da Sissi são da minha infância. Claro que adorei. E também tive (acho que ainda o tenho) um livro infantil espanhol, todo recortado, com a cara da Sissi/Romy Schneider na capa, que li inúmeras vezes. Há dois anos, talvez, revi esses filmes.
Gostei imenso do último filme dela, de que me não recordo agora do título em português.
M.

Anónimo disse...

não assisti ao filme ainda, por não encontra-lo, mas vi alguns vídeos do filme "la passante du sans-souci" que Romy schneider atuou e fiquei encantada com a música que o garoto toca ao violino, você saberia me dizer o nome da melodia? fico muito agradecida se você informar o nome.
Denne

Filipe Vieira Nicolau disse...

Cara Denne,
muito obrigado pelo seu comentário. Espero que ainda vá a tempo de responder à sua questão: trata-se do concerto para violino (op. 64) de Felix Mendelssohn-Bartholdy - uma obra belíssima e muito comovente.