Prosimetron

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terça-feira, 18 de novembro de 2008

As nove rodagens mais azaradas do cinema - 6

De King Vidor (1946) este também foi um duelo no set da rodagem: A história de uma mestiça que descobre o amor e quase acaba aos tiros, como no filme; um guião cheio de correcções ou um divertimento em rodagem que resultou em 300 000 dólares de prejuízo, foram algumas das peripécias que marcaram as filmagens deste western. Para Duelo ao Sol construíram-se quilómetros de caminhos-de-ferro, um racho e passaram-se meses a pintar cactos e a edificar locomotivas de época, mas ao segundo dia de rodagens um nevão quase destrói a totalidade dos adereços. O guião esse ficou conhecido como o "guião arco-iris" pela quantidade de correcções nas diferentes cores, pondo o produtor David O. Selznick à beira de um ataque de nervos porque lhe fez lembrar o que tinha sofrido em E tudo o Vento Levou (1939). Azar e lentidão marcaram o desempenho de Gregory Peck no filme; além de ter sofrido uma queda de seis metros depois de ter caído do cavalo, sacava tão lentamente da arma que foi pedido aos outros actores que o fizessem mas em câmara lenta para que Peck parecesse mais rápido. Quando Selznick pretendeu acrescentar mais sangue à história o realizador demitiu-se. Terminada a rodagem os 460 000 metros de fita davam para montar 200 filmes. Este western que se pretendia artístico superou em um milhão de dólares o custo de E Tudo o Vento Levou. Quando tudo parecia funcionar no ecrã chegaram os protestos da Legião Nacional de Decência.

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