Prosimetron

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quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Harold Pinter


O dramaturgo britânico Harold Pinter, um dos escritores mais influentes da segunda metade do século XX, Prémio Nobel da Literatura em 2005, morreu ontem em Londres aos 78 anos, vítima de cancro.
Descrevia-se a si próprio como «dramaturgo, encenador, actor, poeta e activista político».
Publicou a sua primeira peça, O quarto, em 1957. No total escreveu 29 peças teatrais (como O monta-cargas, Feliz aniversário e Old times) e mais de 20 roteiros para cinema (entre os quais para o realizador Joseph Losey), para além de trabalhos para a rádio e a televisão, poesia, ensaios e um romance.
O seu estilo, conhecido como pinteresco (adjectivo incluído no dicionário de inglês de Oxford), caracteriza-se pelos silêncios, em dramas marcados por uma linguagem ambígua, por vezes cómica, geradora de um ambiente alienante.
Uma das suas suas últimas aparições ocorreu por ocasião da invasão do Iraque, tendo na ocasião afirmado: «A invasão do Iraque foi um acto de bandidos, um acto de flagrante terrorismo de Estado que demonstrou um desprezo absoluto pelo direito internacional». Toda a vida, Pinter defendeu causas como o desarmamento nuclear, a defesa de Cuba perante o embargo americano, gtendo atacado o bombardeamento da Sérvia em 1999 pela NATO.
Pinter dizia que a sua vida literária era «uma vida de prazer, desafio e entusiasmo», contrariando os excessos interpretativos da sua obra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Soube através das notícias na televisão e fez-me impressão, que dia mais terrível para morrer!
Não há dias especiais para a morte...mas se pudesse escolher este não era um deles.
A.R.