Prosimetron

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domingo, 23 de agosto de 2009

No Museu Britânico: A barca...

O Museu Britânico foi o museu que mais gostei de visitar em Londres.
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Da morte e da vida...
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Barca Sagrada da rainha Mutemwia, 18º Dinastia,
cerca de 1400 a. C.
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A barca é uma passagem e é uma simbologia intemporal. Lembrei-me de colocar estas fotografias e este poema medieval para mostrar a importância do tempo, das memórias, da (H)história!
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Barcarola

Per ribeira do rio
vi remar o navio,
e sabor ei da ribeira.

Per ribeira do alto
vi remar o barco,
e sabor ei da ribeira.

Vi remar o navio;
i vai o meu amigo,
e sabor ei da ribeira.

Vi remar o barco;
i vai meu amado,
e sabor ei da ribeira.

I vai o meu amigo,
quer-me levar consigo,
e sabor ei da ribeira.

I vai o meu amado,
quer-me levar de grado,
e sabor ei da ribeira.

João Zorro (CV 753, CBN 1095) Cantigas de Amigo: Ciclo Afonsino.

Cantigas de Amigo in Poesia e Prosa Medievais, Selecção e introdução de Maria Ema Tarracha Ferreira, Lisboa(?): Verbo, 2006, p. 123-124.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não conheço Londres. Só passei 4 vezes. Era para ser este ano mas a Gripe A modificou os planos. Não tenho medo de apanhar Gripe, nem tão pouco de morrer.... mas não queria ficar de quarentena em Londres.
J.

Jad disse...

As cantigas de amigo são sempre lindas!

Anónimo disse...

Também gosto deste poema, que me recordou «Pescador da barca bela / onde vais pescar com ela / que é tão bela»...
M.