Prosimetron

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Arte e o arrepio!

Jad colocou um quadro de Max Ernst, bastante sui generis, que já conhecia. A pintura levou-me a procurar André Breton.
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"Confesso, sem o mínimo acanhamento, a minha profunda insensibilidade perante espectáculos da natureza e obras de arte que, à primeira vista, me não suscitem aquela emoção física cuja sensação mais característica é a de uma pena de vento a latejar-me nas têmporas, capaz de me provocar um verdadeiro arrepio".
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André Breton, O Amor Louco, Lisboa: Editorial Estampa, 1971, p. 11-12
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O tema deste quadro é arrepiante, Maria aparece retratada como uma mulher comum, daí o motivo da excomunhão de Ernst e do encerramento da exposição.
Seguindo a ideia do próprio Breton: será que Max Ernst provocou um arrepio em Breton?

3 comentários:

Jad disse...

E porque é que pensa que essa frase de Breton foi escrita a pensar neste quadro?
O quadro foi pintado com o conhecimento de A.B. e por isso aparece como testemunha.

ana disse...

Jad,
Não penso que a frase de Breton foi feita a pensar neste quadro. O Amor Louco é de 1937. O quadro não sei em que data foi exposto e pintado.
Coloquei a frase de Breton porque é o que ele pensa da arte em geral.
O pensamento foi para estabelecer um ponto de partida para uma discussão saudável sobre o que é a arte.

- Será que só a arte que arrepia é que é arte?
- Será que Breton gostou porque estava ligado ao surrealismo e o quadro lhe pareceu surreal?
- O que era a religiosidade para Breton?

Há mais questões que se poderiam colocar mas talvez mais alguém o queira fazer.

Jad disse...

Por esquecimento não disse no post que o quadro fora pintado em 1926