Prosimetron

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sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O regresso de Rangel

Ele desmente, diz que não foi convidado, mas tenho para mim que há grandes possibilidades de que seja mesmo Emídio Rangel o próximo director-geral da TVI, substituindo José Eduardo Moniz. Desde logo, pelo que ouvi há pouco na TSF da boca dele sobre a extinção do Jornal da Noite de Sexta-Feira conduzido, mal ou bem não interessa para o caso, por Manuela Moura Guedes.
Apesar dos "protestos" do PS, Sócrates dormirá mais descansado nas próximas sextas.
E alguém acredita na explicação oficial da Prisa- que foi o próprio Juan Luís Cebrian, todo-poderoso dono da Prisa e socialista de sempre, que decidiu "homogeneizar a informação da TVI"? Curiosamente, a três semanas de eleições legislativas em Portugal...
Pense-se o que se pensar do estilo e da deontologia de Manuela Moura Guedes, isto cheira muito mal.

4 comentários:

MR disse...

Acho graça é as pessoas nunca terem emitido opinião sobre aquele lixo (para não dizer nojo) que eram os noticiários da Manuela Moura Guedes e o estilo dela. Sim, que eram muito informativos e imparciais, não eram?
A comunicação social pode insinuar o que quer que seja sobre qualquer pessoa (e isto não tem a ver só com políticos), mas quando se toca num jornalista (?): «ai deus que a liberdade de imprensa está em causa!»
Ontem até ouvi o Mário Crespo dizer que o Moniz e a Moura Guedes eram uns tipos cheios de poder. E dizia isto a sério. Lindo, não é? Um jornalista dizer isto de outros jornalistas.
O Mário Resendes lá foi dizendo que se calhar era melhor dizer influência, o que também...
Noutros países a comunicação social é alinhada e toda a gente já sabe o que compra e o que ouve. Parece-me ser menos hipócrita do que por cá. Que é o que o português é: hipócrita. E gosta: insinuar, insinuar, e depois meter o rabinho de fora. Na comunicação social é insinuar, insinuar, a bem da informação e da independência.

MR disse...

O Marinho que a deixou de rastos.
E o Miguel Sousa Tavares um dia também se passou com ela e disse-lhe que se calasse porque o comentador era ele.
Só vi estas performances depois porque não costumo ver a TVI.

João Mattos e Silva disse...

Nunca gostei do estilo da Manuela Moura Guedes. Só passei a ver o que ela dizia às sextas - feiras depois das "queixinhas" de Sócrates e retive o seguinte:
- Manuela Moura Guedes, usando investigação jornalística séria e irrefutável, fazia o que podia para "lixar" o PM e o Governo do PS.Em particular Sócrates, o Grande.

A Prisa ou a Média Capital ou o contínuo de serviço, porque todos atiram culpas uns para os outros, acabou com o noticiário das sextas-feiras. Quem beneficiou com isto?
Claro que o PS, e em particular Sócrates.
Foi por acaso que se escolheu este momento para calar a MMG? Não foi, não sejamos nem ingénuos nem hipócritas.
É um ataque à liberdade de imprensa? Objectivamente, é.
É uma hipocrisia esta "conquista democrática" de os meios de comunicação social não poderem estar alinhados polticamente? É. Como diz muito bem MR, mais vale cada um saber o que compra.
Que se está todos os dias a caminhar para uma ditadurazeca de quem está no poder,tentando calar, comprar ou pressionar quem contesta, é verdade, não é ilusão de óptica nem oposição ao PS, até porque a "coisa" começou com o PSD quando tentou calar Marcelo Rebelo de Sousa.
Algo está cada vez mais podre nesta democracia.
E, agora, pode ser que a MMG volte a cantar "foram cravos, foram rosas"

MR disse...

Por acaso não me parece que o PS e Sócrates tenham beneficiado nada com isto. Mas, enfim... é apenas o que eu penso.