Prosimetron

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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

poesia muda / pintura cega

Rezam as história que um dia um poeta, vangloriando a sua arte sobre a pintura, terá dito: a pintura não passa de poesia... mas é uma "poesia muda".

Ao que Leonardo da Vinci terá respondido: se a pintura é "poesia muda" então a arte do poeta é "pintura cega". Julguem qual é o maior infortúnio: ser cego ou ser mudo!

Max Ernst: L'Ange du Foyer ou Le Triomphe du surréalisme, 1937
(Colecção Privada)

5 comentários:

Anónimo disse...

Bem respondido.
Não conhecia este quadro de Max Ernst, pintor que, estou a ver, conheço bastante mal...
M.

LUIS BARATA disse...

Idem.

Jad disse...

E sabem uma coisa: muitas vezes disse que este Anjo era o meu retrato. Se eu tivesse de fazer um retrato meu talvez fosse assim.

MR disse...

Puxa! Não te vejo nada assim! Pensando melhor,...
Isto tem que ver com aquela "conversa" do outro dia: como nós nos vemos; como os outros nos vêem; e como nós vemos os outros.
Seria interessante, com tempo, fazermos algo à volta disto.
Iríamos ter muitas surpresas, pela amostra junta.
E eu teria muito trabalho porque, na verdade, nunca olhei para uma pintura, pensando que poderia ser eu...

ana disse...

Já conhecia o quadro. Max Ernst é um pouco insólito...mas faz pensar.

Subscrevo as palavras de MR no que diz respeito a escolher uma pintura, pensando que seria eu.

Já tinha lido a resposta de Leonardo da Vinci à afirmação em causa e também gostei da resposta.

Quanto à frase em bold às vezes é melhor ser mudo, embora não deseje a ninguém esse infortúnio de não poder gritar.