Prosimetron

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domingo, 18 de outubro de 2009

O novo trono de Nefertiti

Angela Merkel reinaugurou o Novo Museu (Neues Museum) de Berlim na passada sexta-feira. 600 convidados assistiram à cerimónia no vizinho Museu de Pérgamo, em que a chanceler se manifestou com entusiasmo sobre este novo espaço: “A reabertura representa um grande dia para a Cultura”.

A reconstrução completa assim o conjunto de cinco museus, situados na chamada Museumsinsel (ilha dos museus), rodeada do rio Spree: Altes Museum (Antigo Museu), Alte Nationalgalerie (Antiga Galeria Nacional), Pergamonmuseum (Museu de Pérgamo), Bode-Museum (Museu Bode) e, por fim, o Neues Museum (Novo Museu). Renasceu o complexo cultural, considerado Património Cultural da Humanidade pela Unesco, em todo o seu esplendor do neo-classicismo prussiano.
O Neues Museum, da autoria de Friedrich August Stüler e inaugurado em 1855, não escapou ao fatal destino das restantes edificações próximas: em vésperas da Segunda Guerra Mundial, foram encerrados os cinco museus. Cerca de 70% da área foi destruída durante bombardeamentos até 1945. O espólio de peças distribuiu-se por vários esconderijos com consequências parcialmente nefastas para a sobrevivência do acervo.
A RDA deu preferência à reconstrução do Antigo Museu e do Museu de Pérgamo. Já na Alemanha reunificada, surgiram de novo a Alte Nationalgalerie em 2001 e o Bode-Museum em 2006.

O arquitecto britânico David Chipperfield, responsável pela concepção do Novo Museu desde 2003, optou por uma recuperação original parcial, deixando então visíveis alguns dos vestígios da destruição sofrida. O projecto ambicioso ascendeu a um custo de 212 mio de euros.
Quatro pisos com uma área total de 8.000 m2 proporcionam espaço suficiente para 9.000 peças. Acolhem o Museu Egípcio e a Colecção de Papiro, como também o Museu da Pré e Proto-História.
Cerca de 10.000 pessoas terão visitado o Neues Museum desde sexta-feira. As atenções concentraram-se seguramente no tesouro mais apreciado: o busto de Nefertiti (ou Nofretete, como os alemães preferem designar). As belas feições da rainha egípcia não perderam o seu fascínio – mantiveram-se quase intactas ao longo de de 3.300 anos ...

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma razão para ir a Berlim.
M.

ana disse...

Belo post. Obrigada pela informação. Bom domingo! :)

O que julga que vai ser raptado disse...

Mas não será em Fevereiro!

Raptante disse...

Nunca se sabe...

LUIS BARATA disse...

Ando com muita vontade de ir conhecer a fabulosa Ilha dos Museus berlinense.

Miss Tolstoi disse...

Berlim! Berlim! - uma viagem inúmeras vezes adiada.