Prosimetron

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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um quadro por dia - 198

Jean-Auguste Dominique Ingres, Gianciotto descobre Paolo e Francesca, 1819, óleo sobre tela, Museu Turpin de Crissé, Angers.

Uma tela que me apareceu num texto de João Miguel Fernandes Jorge ( Moinho do Corvo, na Intervalo # 4 ) que só recentemente li :

(...) uma tragédia entre irmãos. Dois príncipes italianos. Foi o que me disse o meu filho. O duque de Rimini, com ciúmes, vai matar a mulher e o irmão que são amantes. O quarto onde estão os amantes é frio. O assassino, de negro, um homem muito feio, em contraste com a beleza do irmão e da mulher, traz no seu aspecto o horror da morte. Começa a sua visão muito antes do instante em que a própria morte vai ferir os amantes, dois corpos iluminados pela vontade do amor. Tudo permanece suspenso. O duque, feroz, mesmo cego de ódio, deve estar com os olhos cheios de lágrimas. Por isso, suspende os passos face à cena amorosa. Lágrimas, do tipo das lágrimas que os homens choram perante as coisas demasiado belas. O que está a ver é-lhe insuportável. (...)

2 comentários:

MR disse...

Gosto muito da poesia do João Miguel Fernandes Jorge.
Vamos a ver se encontro a Intervalo para ler este «Moinho do corvo».

LUIS BARATA disse...

Se não encontrar, já sabe :)