Prosimetron

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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

[Quando eu morrer...]


Quando eu morrer
não me dêem rosas
mas ventos.
Quero as ânsias do mar
quero beber a espuma branca
duma onda a quebrar
e vogar.

Ah, a rosa dos ventos
a correrem na ponta dos meus dedos
a correrem, a correrem sem parar.
Onda sobre onda infinita como o mar
como o mar inquieto
num jeito
de nunca mais parar.

Alexandre Dáskalos (1924-1961)

2 comentários:

ana disse...

Subscrevo as palavras do poeta.

É muito bonito este poema!

Isabel disse...

Estive para colocar este, que é o primeiro do livrinho e que também achei muito bonito.
Boa noite, MR!