Prosimetron

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sexta-feira, 11 de julho de 2008

O que estou a ler

"(...) O século XVIII viu assim nascer, por volta de 1750, o papel descartável para o asseio, os penicos começarem a ser esvaziados diariamente e, desde 1730, novos hábitos de vestir, especialmente como prática urbana e da classe média. Alivia-se o peso das roupas, usando tecidos como musseline e algodão, simplificam-se os modelos masculino e feminino, de modo que o corpo, livre para respirar, ficava saudável pela capacidade de dispersar os vapores nocivos.
Os banhos, após terem sido abandonados na Idade Média, voltaram à moda e depois deles, as novas fragrâncias, os perfumes, responsáveis por disfarçar o cheiro dos vapores nocivos.
Também os centros urbanos, uma vez que a cidade tem por modelo o corpo, começam a promover novas práticas de limpeza, drenando buracos e depressões alagadas, cheias de urina e fezes, para esgotos subterrâneos. (...) "

Breve história do corpo e de seus monstros , Ieda Tucherman, 2ªed, Vega, 2004, p.81
Muito interessante ver que o tomamos por garantido, básico, primário, no nosso quotidiano, é relativamente recente , tanto no que respeita à higiene pessoal como à higiene urbana...

1 comentário:

João Mattos e Silva disse...

Mesmo assim, ainda há muito boa gente que vive na Idade Média...