Prosimetron

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sábado, 23 de agosto de 2008

Uma rosa real

- rosa Petit Trianon
-Retrato de Maria Antonieta por Mme Vigée-Lebrun,1783

A rosa Petit Trianon foi criada em 2005 pela famosa casa Meilland, os maiores especialistas em rosas do mundo, pretendendo ser uma perfeita réplica daquela que Maria Antonieta segura na mão no famoso retrato pintado por Élisabeth Vigée-Lebrun. A madrinha da rosa foi Élisabeth de Feydeau, autora de Jean-Louis Fargeon, parfumeur de Marie-Antoinette.

5 comentários:

Anónimo disse...

«Quem sonhou que a beleza passa como um sonho?», primeiro verso de «A Rosa do Mundo», de W. B. Yeats, um dos meus poetas preferidos.
Belas rosas!

Anónimo disse...

"Rosa Sintética

Eis a rosa dormindo pela relva de fogo,
A granulação de vapor de água no ar,
A sombra dos meus mortos alta
Nos favos subterrâneos da olivina,
Nas camadas de leite que passaram,
Nas casas que os recolheram
Da telha ao malvão da porta,
Na estrutura cristalina da saudade
Fechada enfim porque morta.
..."

Vitorino Nemésio, in Limite de Idade,Editorial Estúdios Cor, p. 78

Às belas Rosas de Marie-Antoinette que me fizeram procurar este poema!

Anónimo disse...

Graças às belas flores de Marie-Antoinette que me fizeram procurar este poema!

Anónimo disse...

Lá estão as rosas pálidas a observar-nos. Não são estáticas, têm movimento e não são perecíveis.
Hoje, tive vontade de olhar de novo para elas.
As rosas fazem-nos esquecer a beleza de Maria Antonieta.

Também, é para emendar um pequeno erro no excerto do poema de Nemésio. No 5º verso onde se lê camadas deve ler-se canadas.

Anónimo disse...

Duas quadras populares, recolhidas por Trindade Coelho. Cho que ficam bem, junto das rodas da Maria Antonieta:

Lá te mandei um raminho
De sete rosas iguais,
No meio ia um suspiro
Do muito que me lembrais.

E esta:

Eu tenho no meu jardim
Sete rosas em botão,
Para dar ao meu amor
Quando for ao dar da mão.

(In:O Senhor Sete. Lisboa, Vega, 1993, p. 17, 21)

Por acaso, fez na semana passada, a 19 de Agosto, cem anos que Trindade Coelho se suicidou, em Lisboa.
Estas quadras fazem parte de uma recolha, cuja publicação foi iniciada por ele, em 1900, no jornal «A Tradição», de «tudo quanto a minha paciência para coisas do povo tem coligido – aqui, além, acolá –, em que entre o algarismo 7, que é, como se sabe, muito do agrado popular», mais tarde coligida em livro.
M.