Prosimetron

Prosimetron

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Vale Abraão

Esta tarde vi pela terceira vez Vale Abraão. É realmente um dos filmes de Manoel de Oliveira de que mais gosto. A bela Leonor Silveira compõe em estado de graça a inquietante Ema Cardiano, uma Bovary à moda do Douro. Bem secundada por Luís Miguel Cintra, Diogo Dória, João Perry, Glória de Matos e Rui de Carvalho, e até nas curtas mas interessantes participações de Nuno Vieira de Almeida e Miguel Guilherme. O cenário é um dos mais belos do país- o Douro vinhateiro, das míticas quintas, dos árduos socalcos. As palavras, como tantas vezes na obra de Oliveira, são de Agustina e tiradas como esta- "O Fernando Osório estava arruinado. Mas para ele estar arruinado era estar enterrado em ouro até aos joelhos em vez de nadar nele." - não se esquecem facilmente.
Também não se esquece a sequência final do filme, uma das mais belas de todo o cinema português.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou inteiramente de acordo com o seu comentário. Também tive o privilégio de ver o filme pela terceira vez. É belo!

Anónimo disse...

Tem uma boa fotografia...
E a associação Oliveira-Agustina para mim é mortífera. Pior que a associação Oliveira-Régio.
Sei que isto não é «politicamente correcto», mas é o que penso e sinto.
ass) Alguém que só gostou de «Amor de Perdição» e «Francisca» (embora seja da primeira dupla). E que espera ansiosamente o «Amor de Perdição» do Mário Barroso, antigo fotógrafo de Manuel de Oliveira.