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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A fragilidade de uma república

O Teatro Nacional Alemão de Weimar foi ontem palco de uma cerimónia que comemorou o 90º aniversário da entrada em vigor da Constituição da República de Weimar. Friedrich Ebert, o primeiro Reichspräsident eleito após a queda da monarquia em Novembro do ano anterior, assinara o tratado a 11 de Agosto de 1919 durante as suas férias em Schwarzburg (Turíngia). Nascera então a primeira democracia em solo alemão. A Constituição fora decretada pela Assembleia Constituinte Alemã poucos dias antes na cidade de Weimar que daria assim o nome à jovem república.

O fracasso desta república seria seguramente objecto interessante de muitos posts: Desde a primazia dos poderes do Presidente do Reich, muitas vezes alcunhado por "Imperador-Substituto", o ónus (merecido ou não) imposto pelo Tratado de Versalhes, a instabilidade permanente política às nefastas consequências provenientes da depressão económica mundial, a República de Weimar continua, correcta – ou incorrectamente, um exemplo de uma democracia falhada em muitos aspectos. Ainda assim, considero interessantes as palavras que a Presidente do Parlamento do Estado da Turíngia, Dagmar Schipanski, proferiu ontem por ocasião desta efeméride (trad. não literal): A conquista da democracia nos anos de 1918 e 1919 representa, tendo sobretudo em consideração as circunstâncias extremamente difíceis, uma obra politica impressionante. É bom não subestimar o trabalho manifesto na Constituição, ainda que muito do que nela se fixou se afigure evidente na nossa perspectiva de hoje.

Como é do conhecimento geral, a República de Weimar terminou a 30 de Janeiro de 1933, quando Paul von Hindenburg nomeou Hitler Reichskanzler.
Imagem: os chanceleres da República de Weimar

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