Prosimetron

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Chove (I)



Van Gogh, Ponte à Chuva depois de Hiroshige, 1887,
Museu Van Gogh
I

Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir na chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira, "Sonâmbulo" in Poesia-II. Lisboa: Portugália,  p. 141.

4 comentários:

MR disse...

O dia lá se compôs, mas agora outra vez feioso.

Isabel disse...

O poema é muito lindo e a pintura também!

Por aqui choveu todo o dia! De tarde, apanhei uma molha valente!

Bom fim-de-semana!

João Menéres disse...

Penso que não conhecia a pintura...
É muito bonita !

E o CHOVE também !

Um beijo.

ana disse...

MR,
Por aqui choveu bastante mas depois amainou e apareceu uma luz quase brilhante. :))

Isabel,
Estou a ver que o país entrou inteiro no outono. :))

João,
O orientalismo de Van Gogh atrai-me muito e José Gomes Ferreira completou a pintura poema. :))

Beijinho para todos! :)))