Prosimetron

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domingo, 19 de outubro de 2008

Joan Manuel Serrat cantou o poeta Miguel Hernández



Llegò con tres heridas
la del amor,
la de la muerte,
la de la vida.

Con tres heridas viene:
la de la vida,
la del amor,
la de la muerte.

Con tres heridas yo:
la de la vida,
la de la muerte,
la del amor.

Miguel Hernández

7 comentários:

Miss Tolstoi disse...

Também gosto do Joan Manuel Serrat que já não ouvia há muito tempo.
Obrigada.

Jad disse...

Muito bonito

Miss Tolstoi disse...

«Bom dia vejo, pois vos vejo aqui.»

Anónimo disse...

As coisa mais simples são sempre as mais belas!
Habituou-nos com a sua escolha a pensar na simplicidade e na frescura.
Obrigada.

Envio Tagore que agora ando avidamente a ler porque vou passar umas semanas a Goa.

FLOR-DE-LÓTUS
No dia em que a flor de lótus desabrochou
A minha mente vagueava, e eu não a percebi.
Minha cesta estava vazia e a flor ficou esquecida.
Somente agora e novamente, uma tristeza caiu sobre mim.
Acordei do meu sonho sentindo o doce rastro
De um perfume no vento sul.
Essa vaga doçura fez o meu coração doer de saudade.
Pareceu-me ser o sopro ardente no verão, procurando completar-se.
Eu não sabia então que a flor estava tão perto de mim
Que ela era minha, e que essa perfeita doçura
Tinha desabrochado no fundo do meu coração.

Anónimo disse...

Envio-lhe também a versão inglesa.

LOTUS

On the day when the lotus bloomed, alas, my mind was straying,
and I knew it not. My basket was empty and the flower remained unheeded.

Only now and again a sadness fell upon me, and I started up from my
dream and felt a sweet trace of a strange fragrance in the south wind.

That vague sweetness made my heart ache with longing and it seemed to
me that is was the eager breath of the summer seeking for its completion.

I knew not then that it was so near, that it was mine, and that this
perfect sweetness had blossomed in the depth of my own heart.

Rabindranath Tagore

Anónimo disse...

Como (quase) toda a gente da minha geração ouvi (e vi) Joan Manuel Serrat. Lembro-me especialmente da canção que ele fez para os versos de Antonio Machado:

CANTARES...

Todo pasa y todo queda,
pero lo nuestro es pasar,
pasar haciendo caminos,
caminos sobre el mar.

Nunca persequí la gloria,
ni dejar en la memoria
de los hombres mi canción;
yo amo los mundos sutiles,
ingrávidos y gentiles,
como pompas de jabón.

Me gusta verlos pintarse
de sol y grana, volar
bajo el cielo azul, temblar
súbitamente y quebrarse...

Nunca perseguí la gloria.

Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.

Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.

Caminante no hay camino
sino estelas en la mar...

Hace algún tiempo en ese lugar
donde hoy los bosques se visten de espinos
se oyó la voz de un poeta gritar
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...

Murió el poeta lejos del hogar.
Le cubre el polvo de un país vecino.
Al alejarse le vieron llorar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso...

Cuando el jilguero no puede cantar.
Cuando el poeta es un peregrino,
cuando de nada nos sirve rezar.
"Caminante no hay camino,
se hace camino al andar..."

Golpe a golpe, verso a verso.

ANTONIO MACHADO

Também gosto da canção aqui postada. Neste cantor, a dificuldade está na escolha.
M.

LUIS BARATA disse...

Feridas a que ninguém consegue escapar.