Prosimetron

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Bs As : Corrientes 348, segundo piso ascensor

“ Corrientes três , cuatro ocho,/ segundo piso, ascensor./ No hay porteros ni vecinos, /adentro, cocktail y amor...” dizem os primeiros versos de um dos mais famosos tangos, cantado por Carlos Gardel, A média Luz, uma criação de Edgardo Donato e Carlos César Lenzi, em 1925.


Graças a este tango a primeira vez que estive em BsAs fui [fomos] procurar a famosa casa de Tango, situada em Corrientes, n.º 348... Era domingo. Estava fechada... (ainda bem que era domingo) porque assim o sonho durou um pouco mais... Sempre que voltei a BsAs lá fui eu, ao mesmo espaço, mas apenas ao domingo...
Nunca procurei “ Juncal doce veinticuatro”.
Aqui ficam as imagens.


jad

Todos os que gostam de Tango devem correr até este lugar... Mas, por favor, só ao domingo... bons sonhos

6 comentários:

Jad disse...

Corrientes tres cuatro ocho,
segundo piso, ascensor;
no hay portero ni vecinos
adentro, cocktel y amor.
Pisito que puso Maple,
piano, estera y velador...
un telefon que contesta,
una vitrola que llora
viejos tangos de mi flor,
y un gato de porcelana
pa que no maulle el amor.
Y todo a media luz,
es un brujo el amor,
a media luz los besos,
a media luz los dos...
Y todo a media luz,
crepusculo interior,
que suave terciopelo
la media luz de amor.

Juncal doce veinticuatro,
telefonea sin temor;
de tarde, te con masitas,
de noche, tango y cantar;
los domingos, te danzante,
los lunes, desolación.
Hay de todo en la casita:
almohadones y divanes
como en Botica Coco,
alfombras que no hacen ruido
y mesa puesta al amor...
Y todo a media luz,
crepusculo interior,
que suave terciopelo
la media luz de amor.


Em Português:

Corrientes três quatro oito,
segundo andar, elevador;
não há porteiro nem vizinhos
dentro, cocktail e amor.
Sótão fornecido por “Maple”,
piano, tapete e abat-jour...
um telefone que responde,
uma “vitrola” que chora *
velhos tangos de minha juventude,
e um gato de porcelana
para que não "mie" o amor.
E tudo à meia-luz,
é um bruxo o amor,
à meia luz os beijos,
à meia luz os dois...
e tudo à meia luz,
crepúsculo interior,
que suave veludo
à meia luz do amor.

Juncal, doze vinte e quatro,
telefone sem temor;
de tarde, chá com biscoitos,
de noite, tango e cantar;
aos domingos, chá dançante,
às segundas, desolação.
Há de tudo nesta casinha:
almofadas e sofás
como em Loja "Coco" **
tapetes que não fazem ruído
e mesa posta para o amor...
e tudo à meia luz,
crepúsculo interior,
que suave veludo
à meia luz do amor.

* Nome antigo de gira-discos;
** o verso pode ter outra tradução e outra interpretação, mas escolho esta ligando-a a [Chanel]; Botica também pode significar armário.

Anónimo disse...

A canção é linda!
O que se encontrará para lá desta porta?
M.

Anónimo disse...

É de facto, bonita esta canção.
A.R.

Miss Tolstoi disse...

Também me lembro desta cançaõ cantada pelo Nat King Cole, em espanhol e acho que em inglês.
Quando eu era miúda, cantava-se com uns versos brejeiros, q.b.

Unknown disse...

encontrarão o estacionamento do edifício! Esse endereço foi posto ao acaso, qyuano Lenzi escreveu a músioca em moteviséu. Assim disse sua filha. Juncal 1224 é um número de telefone, juncal o prefixo.

Humberto Guanais disse...

Estive agora em Bueno Ayres e claro, não podia deixar de ir a Corrientes 348, fotografar e ser em um id ade domingo. Só pensando nos "los domingos, te danzante". Perfeito, quase uma magia! Antigamente pensava que, era um local de dançar tangos mesmo, mas já vi várias declarações sobre a questão de sonoridade da música, o que nos deixa menos entristecido em saber que não houve uma destruição de um local de amores e sim, uma licença poética do autor!