Prosimetron

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domingo, 6 de setembro de 2009

REVELAÇÃO

Tinha quarenta e cinco ...e eu, dezasseis...
Na minha fronte, indómitos anéis
vinham da infância, saltitando ainda.

Contavam dela: - Já falou a reis!
Tinha quarenta e cinco..., e eu, dezasseis...
Formosa? Não. Mais que formosa: Linda

Seu olhar diz: Seja o que o Amor quiser,
a verde planta que os meus dedos tomem!

Pela última vez foste mulher...
E eu, pela primeira, fui homem!

Pedro Homem de Melo (Grande, Grande Era a Cidade)

Pedro Homem de Melo, in Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (Selecção, prefácio e notas de Natália Correia), Lisboa: Antígona, 2008 (5ª edição), p. 392

1 comentário:

Nuno Meireles disse...

Parabéns pelo blog, procurava dados sobre este poema que acabei por gravar
http://www.youtube.com/watch?v=rfxi3y1XMdQ

e vim cá ter.

Um abraço