Prosimetron

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

MI(N)TO


No gesto que sustenho
o silêncio que minto
a palavra imprudente
o travo do absinto
no amor que desdenho
no amor que resguardo.

Sobre o corpo que espero
sobre o rosto escondido
um mito entretecido
de lírios e de nardo

João Mattos e Silva

Intemporal, Lisboa, Universitária Editora, 2003, p. 53

2 comentários:

Anónimo disse...

Bonito poema.
M.

ana disse...

Lindo!