Prosimetron

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A religiosidade em Budapeste! 1

Nos finais do século XVIII, D. José II da Áustria ordenou que todas as religiões tivessem os mesmos direitos, estava assim, salvaguardada a liberdade de culto.
Os judeus tiveram a possibilidade de se estabelecer em Peste. Em 1826 inauguraram a primeira sinagoga mas cedo descobriram que precisavam de uma que comportasse o crescimento populacional do grupo. O projecto foi entregue ao arquitecto Ludwig Föster e foi inaugurada em 1859. Construída na rua Dohány é a maior sinagoga da Europa.
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Uma das torres da Sinagoga Dohány ou Grande Sinagoga; mede 43, 61 metros, Budapeste, Hungria.
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O estilo insere-se no "romântico-oriental" e é parecido com o estilo mourisco. Na fachada principal possui duas torres altas, elementos muito raros nas sinagogas, a sua simbologia está ligada às torres da igreja de Salomão. Sobre a parte central da fachada no frontão triangular estão situadas as tábuas de Moisés. A inscrição hebraica que se encontra na entrada principal é uma citação do segundo livro de Moisés:

"Fazei-me um santuário para que viva entre vós".

Fachada principal da sinagoga Dohány ou Grande Sinagoga como também é conhecida, Budapeste, Hungria
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O interior do edifício foi desenhado por Federico Feszl, a nave central tem 26 metros de altura e 12 de largura.
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Abóbada é decorada com motivos bizantinos roxos e azuis. A cúpula foi o que mais me impressionou. Nos dias de festa é iluminada com 1600 lâmpadas.
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Em 1945, o Jardim da sinagoga converteu-se no cemitério dos judeus mortos durante a II Guerra Mundial. A maioria dos cadáveres não se puderam identificar. O silêncio deste jardim que se vê de umas arcadas é tranquilo mas ao mesmo tempo terrível. A hera cobre os túmulos e as árvores embelezam-nos.
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O parque comemorativo por detrás da Sinagoga tem o nome de Raoul Wallenberg, diplomata sueco que durante a ocupação alemã salvou cerca de 35 000 judeus húngaros. Aqui encontramos uma das mais belas esculturas em memória do holocausto. Um salgueiro- chorão de aço e prata do escultor Imre Varga que simboliza um menorah invertido. Nas 4000 folhas estão inscritos os nomes dos judeus húngaros que padeceram e morreram. Foi subsidiada em parte pelo actor Toni Curtis de origem judaico-húngaro. Junto à escultura está a seguinte inscrição:
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Existe maior dor que a minha?


Memorial do Holocausto, escultura de Imre Vargas, Grande Sinagoga, Budapeste, Hungria.
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Durante a II Guerra Mundial caíram 27 bombas na sinagoga; foi reconstruída e hoje, é um notável edifício.
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Notas retiradas do catálogo da Sinagoga Dohány.

2 comentários:

Edite disse...

Muito gosta esta autora de pontos de exclamação. Será que sabe para que é que servem?

Anónimo disse...

Cada um exclama como quer e como (não) sabe.