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terça-feira, 15 de julho de 2014

Leituras no Metro - 164

Barcarena: Presença, 2014

É o primeiro livro de Ken Follett que leio. Atraiu-me a trama basear-se na procura de um quadro desconhecido de Modigliani. 

«"Deixem-me conta-vos. Há cerca de dois meses, em Londres, foram vendidos oito quadros por um total de quatrocentas mil libras. Dois desses pintores morreram na pobreza. Sabem como a coisa funciona? Quando um artita está vivo, dedica-se à arte, despejando na tela o sangue da sua vida. [...] Sabem, nada mais lhe interessa a não ser pintar, mas os tipos gordos, os ricos, as mulheres da sociedade, os comerciantes de arte e os colecionadores em busca de investimentos e benefícios fiscais não gostam do seu trabalho. Querem algo seguro e conhecido e, para além disso, não sabem porra nenhuma de arte. Portanto, não compra e o pintor morre cedo. Depois, passados alguns anos, uma ou duas pessoas perspicazes começam a ver onde ele queria chegar e compram os seus quadros. A amigos a quem ele os oferecera, em lojas de velharias , em galerias de arte de terceira categoria [...]. O preço sobe e os negociantes começam a comprar os seus quadros. De súbito, o artista fica na moda e torna-se um bom investimento."» (p. 41-42)

3 comentários:

LUIS BARATA disse...

É mesmo um autor de Verão :)

MR disse...

Para não puxar muito pela cabeça. :)

ana disse...

Deve ser interessante. Gosto de livros sobre pintores e quadros.

Comecei a ler um livro de Joseph Roth que teve o condão de me apaziguar com ele.:))