





xxBrindemos ao Ano Novo!!!



Nos antípodas da sugestão anterior, deixo-vos a ideia de um bungalow na ilha privada de Pangkor Laut na Malásia.
Não almocei no Rossio ontem, mas à noite estive por perto, mais propriamente na Rua das Portas de S.Antão. Fui ver ao Politeama, com casa cheia, a versão do La Féria de La Cage aux Folles e recomendo vivamente: pelo trabalho dos actores ( destacando desde logo o José Raposo, que apenas conhecia da televisão e que tem um desempenho notável, mas também os veteranos Carlos Quintas, Rita Ribeiro e Joel Branco- este também surpreendente como um político reaccionário do Porto, o pai da noiva neste texto que todos conhecemos, pelo menos do cinema.), pela caracterização, pelo guarda-roupa e pelas eficazes coreografias. É uma adaptação muito bem conseguida, com algumas piadas da política e da actualidade nacionais bem enxertadas nos diálogos.
- Samuel Worcester Rowse, Henry David Thoreau, 1854, Biblioteca Pública de Concord, Massachussets, E.U.A.- Henry David Thoreau
Frase do grande Thoreau que actualiza, para mim, o que Horácio escreveu uns anitos antes: Carpe diem quam minimum credula postero. Sem negligenciar o futuro, desde logo não gastando tudo hoje :), há que viver e saborear o presente. Dando de barato tudo o que isto possa ter de lugar-comum, parece-me uma boa máxima para 2010 e para a vida toda.


Despeço-me de 2009 com esta imagem fortíssima captada pelo fotógrafo chinês Bo Bar a 12 de Maio de 2008. Um bombeiro resgata uma criança com vida após o terramoto ocorrido na província de Sichuan, no sudoeste da China. E escolhi esta imagem por dois motivos ambos relacionados com o ano que agora chega ao fim. Primeiro porque conquistou o 2º lugar no World Press Photo 2009, na categoria "notícias de momento". Segundo, porque neste Ano Europeu da Criatividade e Inovação, uma das mudanças que mais se sentiu foi, justamente, no mercado da arte onde a fotografia não ficou de fora. E aqui a China também deu cartas afirmando-se, em 2009, como o terceiro mercado mundial da arte com os fotógrafos chineses a serem cotados nos mercados de arte internacionais e a marcarem presença regular nas grandes galerias de Londres, Nova Iorque ou Paris.
O maior mal não é o analfabetismo, é o iletrismo das classes dirigentes, dos próprios órgãos de opinião e das classes diplomadas.

Fiquei a saber recentemente o que é isto do nyotaimori - palavra japonesa que significa a prática de servir sashimi ou sushi no corpo de uma mulher nua. Ainda não experimentei, mas provavelmente acontecerá durante o ano que vai agora começar. Há pelo menos um restaurante japonês em Lisboa que já proporciona esta experiência gastronómica e conhecendo nós as leis da concorrência...
Qual é o sentido da liberdade se quando diferimos de opinião não somos bem aceites?
2º CICLO DE CINEMA
NA CASA DA ACHADA – CENTRO MÁRIO DIONÍSIO
FILMES DE QUE MÁRIO DIONÍSIO FALOU
Tem início na segunda-feira 4 de Janeiro às 21h30, na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, o 2º ciclo de cinema, FILMES DE QUE MÁRIO DIONÍSIO FALOU, com Silvestre de João César Monteiro, que será apresentado por Vasco Pimentel.
O Ciclo Filmes de que Mário Dionísio falou prossegue, todas as segundas-feiras às 21h30, durante três meses – em Janeiro, Fevereiro e Março.
Os filmes projectados são, além de Silvestre: Trás-os-Montes de António Reis e Margarida Cordeiro, A Bomba de Peter Watkins, O Deserto Vermelho de Antonioni (em Janeiro, apresentados respectivamente por Manuel Mozos, Regina Guimarães e Marta Brito); Farenheit 451 de Truffaut, Pedro o Louco de Godard, Oito e Meio de Fellini, Cléo de 5 à 7 de Varda (em Fevereiro); Hiroshima meu amor de Resnais, antecedido da curta de André Michel La rose et le réséda, As férias do Sr. Hulot de Tati, antecedido do desenho animado Professor Small and Mister Tall de John Hubley e Paul Sommer, Luzes da Ribalta de Chaplin, Los Olvidados de Buñuel, antecedido de Cão Andaluz do mesmo realizador, Couraçado Potemkin de Eisenstein, antecedido de Jaime de António Reis, como aconteceu na primeira sessão (Maio de 1974) em que foram projectados estes dois filmes, que estavam proibidos pela censura antes do 25 de Abril (em Março).
Trata-se de alguns dos filmes sobre os quais Mário Dionísio escreveu ou a que simplesmente se referiu nos muitos escritos, publicados ou inéditos, que ao longo da sua vida escreveu.
Mário Dionísio nunca fez cinema nem foi crítico de cinema. Foi espectador de cinema, como muita gente, e atento, como nem toda gente foi. Especialmente atento, como em tudo, às novidades. Entrou em polémicas que certos filmes e festivais originaram na imprensa, sobretudo nos anos 60, tempos da «nouvelle vague».
Interessou-se, nos anos 40 do século XX, por «cinema e poesia» e por «cinema e cor» - títulos de dois artigos que publicou. Entrou no debate «o cinema matou a literatura?» e respondeu que não.
As sessões têm entrada livre e em cada sessão é distribuída uma folha de sala que, neste ciclo, inclui textos de Mário Dionísio.
Em anexo: cartaz do ciclo, programa do ciclo.
OFICINAS PARA CRIANÇAS
NA CASA DA ACHADA – CENTRO MÁRIO DIONÍSIO
ENTRE LINHAS E CORES
Oficina de expressão plástica para crianças
Tem início no Domingo 3 de Janeiro, à tarde, entre as 15h30 e as 17h30, na Casa da Achada (Rua da Achada, 11, em Lisboa), uma oficina de expressão plástica para crianças a partir dos seis anos, orientada por Carla Mota.
A oficina Entre Linhas e Cores é constituída por 5 sessões e partirá da observação de quadros de Mário Dionísio em exposição na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.
Trata-se de ver, olhar, observar, explorar com os olhos, o lápis, a caneta e o pincel. De ser espectador e artista ao mesmo tempo.
Destinada prioritariamente aos habitantes da zona, a oficina pode ser frequentada por outras crianças.
As sessões têm lugar todas as tardes de domingo de Janeiro (3, 10, 17, 24 e 31), às 15h30 e têm a duração de 2 horas.
Máximo de participantes: 10.
Inscrição gratuita.
São fornecidos os materiais aos participantes.
Esta Oficina surge na sequência de várias experiências pontuais anteriores realizadas na Casa da Achada – Centro Mário Dionísio, desde Dezembro de 2008.
É a primeira realização regular destinada a crianças, com a duração de um mês. Seguir-se-ão outras, com características semelhantes, nas várias áreas de expressão.
Recordamos que Mário Dionísio, escritor e pintor, foi professor a vida inteira e que, nos seus escritos, várias vezes insistiu na importância da arte na educação.

O poeta e político francês Louis-Marcelin de Fontanes (1757-1825 ), um verdadeiro sobrevivente ( dos excessos da Revolução, do Império e da Restauração dos Bourbons ) que serviu os vários regimes do séc.XIX francês, deixou-nos um relato de uma conversa tida com Napoleão em que este lhe declarou:
O jovem que vemos supra é Umar Farouk Abdulmuttalab, o nigeriano de 23 anos, estudante de Engenharia em Londres e filho de um homens mais ricos e respeitados da Nigéria, que tentou no dia de Natal fazer explodir um avião destinado a aterrar em Detroit, Estados Unidos.
É sem dúvida a maior antologia da poesia portuguesa feita até hoje, com mais de duas mil páginas e quase trezentos poetas do séc.XIII ao séc.XXI. Das recensões que li ( sobretudo uma muito pertinente do António Guerreiro no Expresso ) poderá concluir-se que algumas das inclusões/exclusões serão polémicas...
Até há uns dias atrás, nunca tinha ouvido falar desta atleta, Gretel Bergmann(1914-), alemã de origem judaica campeã de salto em altura em 1936 com a idade de 22 anos. Apesar de ter ultrapassado o recorde nacional, o seu salto recordista não foi registado pelos dirigentes nazis e ela foi inclusive impedida de participar nos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936.

