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domingo, 3 de agosto de 2008

NINA SCHENK CONDESSA DE STAUFFENBERG: uma família durante o Terceiro Reich

Nascem os filhos Berthold (1934), Heimeran (1936), Franz Ludwig (1938) e Valerie (1940). A filha mais nova, Konstanze, autora da biografia sobre Nina, viria a nascer em Janeiro de 1945, já após a morte do pai.

O meu pai era doido por crianças”, assim recorda Konstanze o depoimento dos seus irmãos sobre Claus von Stauffenberg. Carinhoso e ternurento são os atributos com que Konstanze descreve o pai. Vive-se um ambiente idílico em casa dos von Stauffenberg.

E Nina?É difícil avaliar, numa perspectiva tão distante, qual o significado verdadeiro do matrimónio para o meu pai. Que amava a minha mãe, não há dúvida. No entanto, não podemos esquecer que ele era um filho da sua época, e que conceitos, tais como o de igualdade ou emancipação, estavam longe de qualquer imaginação”.

Para a minha mãe, “amor significava também renúncia”, afirma Konstanze. Nina aceita as longas ausências do seu marido que a vida de um alto militar implica. Em contrapartida, os poucos momentos em comum são partilhados no seio da família de forma intensa e bem-vivida. Outros sacrifícios que Nina suporta são as frequentes mudanças de casa e de cidade, no seguimento de vários destacamentos de Claus. Entre 1934 e 1938, mudam-se por três vezes (Hannover, Berlim e Wuppertal).


Com efeito, Nina revela um perfil e uma autonomia muito pouco vulgares à luz dos padrões da sua geração. Frequenta concertos, lê e dedica-se à pintura. Em nada corresponde ao ideal da mulher alemã segundo a doutrina do regime. “A mulher alemã não fuma e não se pinta” – apenas um dos muitos slogans, característicos do ideal feminino dos anos 30. Nina destaca-se por uma atitude precisamente oposta: “Despreocupada..., fumava por vezes três maços de cigarro por dia, ..., e nunca saía sem bâton.”

Nina é esposa, mãe e parceira. A componente de parceira é-lhe importante: com ela, Claus comenta temas políticos da actualidade, como a estratégia de guerra de Hitler; a ela, confidencia as suas reservas em relação à política racial do regime e o seu cepticismo contra o estado nazi.

Estas reservas aumentam à medida que Claus se apercebe da dimensão da maquinaria totalitária. Os graves ferimentos que sofre no Norte de África em 1943 reforçam certamente a sua convicção de que apenas a eliminação do Führer poderá salvar a Alemanha.
Com a ajuda de outros oficiais, Claus von Stauffenberg prepara o atentado de 20 de Julho de 1944.

To be continued


6 comentários:

João Soares disse...

and to continue to be avidly read

Nuno Castelo-Branco disse...

Gostava de saber o que teria sucedido se o conde Staufenberg tivesse conseguido os seus intentos.

Filipe Vieira Nicolau disse...

Uma questão interessantíssima que, naturalmente, tem sido objecto de muita investigação por parte dos historiadores.
Se o atentado não tivesse falhado, von Stauffenberg e seus apoiantes teriam imediatamente negociado a paz com os Aliados. Milhares de vítimas da Segunda Guerra teriam assim sobrevivido. Sobre este aspecto, não há dúvidas.
Quanto ao sistema político: as opiniões divergem. A maioria dos alemães (incluindo von Stauffenberg) ficou "traumatizada" pela República de Weimar, um pesadelo a evitar. A estrutura política de um estado pós-Hitler não seria seguramente democrática, de acordo com o nosso entendimento de hoje. O poder político ficaria provavelmente adstrito a determinadas classes da sociedade alemã, entre elas, à aristocracia.

Anónimo disse...

Eu não concordo com sua afirmação Filipe, antes de mais nada a história não trabalha com o "se", na história geral eles não trabalham com suposições.

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