Prosimetron

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quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Maurice Béjart

Maurice Béjart, nascido Maurice Berger em 1 de Janeiro de 1927, em Marselha, faleceu em Lausanne, a 22 de Novembro de 2007. Estreou-se como bailarino em 1946. Em 1955 coreografou «Symphonie pour un homme seul» e, quatro anos mais tarde, encenou e coreografou «A Sagração da Primavera», de Stravinsky, obra marcante na sua carreira. No ano seguinte, fundou, em Bruxelas, a companhia Ballet du XXème Siècle. Ficaram famosas as suas criações de «Bolero» (1961), «Messe pour le temps présent» (1967) e «Pássaro de fogo» (1967). Radicou-se em 1987 na Suíça, tendo criado a companhia Béjart Ballet Lausanne, que ainda dirigia. A sua última produção, «Volta ao Mundo em 80 minutos», estreou em 20 de Dezembro de 2007, já depois da sua morte. Trouxe as suas companhias de dança por diversas vezes a Portugal, a primeira das quais em 1968. Nesse ano, apresentou no Coliseu o bailado «Romeu e Julieta», em 6 de Junho, dia da morte de Robert Kennedy. Na ocasião, Béjart subiu ao palco e disse: «Robert Kennedy foi assassinado… Foi vítima da violência e do fascismo […]. Como todos os que estão aqui esta noite, somos contra as ditaduras… Peço um minuto de silêncio.» Nessa noite, a PIDE foi buscá-lo ao hotel e deixou-o na fronteira espanhola. Maurice Béjart voltou a apresentar os seus bailados nos palcos portugueses em 1974, em 1998 (ocasião em que foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente Jorge Sampaio) e em 2004.
Jad apresentou aqui um excerto (belíssimo!) do bailado «Quebra Nozes» pelo Béjart Ballet Lausanne, em 1 de Dezembro do ano passado. E eu também já postei a sua coreografia para o «Bolero» de Ravel para «Les uns e les autres», de Claude Lelouch.

Do espectáculo «Brel Barbara», criado por Béjart em 2001.

Jacques Brel - «La valse à mille temps»


Barbara - «La Solitude»


http://www.bejart.ch/
http://www.bnportugal.pt/agenda/agenda-2007.html

1 comentário:

Anónimo disse...

Admiro imenso a obra de Maurice Béjart. Quando veio a Portugal era novinha e não assisti à violência a que foi sujeito pela PIDE. Mais tarde, quando conheci a sua obra, nos anos 70, soube da história e senti uma grande revolta.
Adoro o bailado que aqui apresenta e que já tinha visto muitas vezes no youtube antes de ser aqui postado.
Obrigada MR
A.R.