Prosimetron

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

LIBERDADE

Pôr no peito a liberdade
Dobada na sua entrega
Compondo alma e avesso
Que mesmo assim não sossega

Liberdade sem bandeira
em país reencontrado

Coração incendiado
Num Portugal que por certo
Não lhe quer perder o hábito

Flor posta à botoeira
cousa que brota e não cessa

E rara experiência é essa
poder escrever liberdade
sendo livre e já sem pressa

Maria Teresa Horta
In: Na liberdade: antologia poética: 30 anos-25 de Abril. Peso da Régua: Garça, 2004, p. 205

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