Prosimetron

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A poesia e a Tela - 2.

Jean-Honoré Fragonard, A carta de Amor, ca. 1770
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Óleo sobre tela, 83.2 x 67 cm, The Jules Bache Collection, 1949
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Respiro o teu corpo:
sabe a lua-de-água
ao amanhecer,
sabe a cal molhada,
sabe a luz mordida,
sabe a brisa nua,
ao sangue dos rios,
sabe a rosa louca,
ao cair da noite
sabe a pedra amarga,
sabe à minha boca.

Eugénio de Andrade

1 comentário:

Miss Tolstoi disse...

Gosto do quadro e do poema.