

De facto, a música clássica do século XX viveu uma época de apogeu durante o mandato de Mortier: um ciclo dedicado à obra de Janacek, a produção grandiosa de Saint François d’Assise de Olivier Messiaen,o Grand Macabre de Ligeti, ou óperas de Strawinsky, Weill, Schönberg, Busoni ou Berg dominaram a programação do festival.
O teatro, género preferido do fundador do festival, Max Reinhardt, ressuscitou após anos de pouca criatividade. Peter Stein, Ivan Nagel e Frank Baumbauer dedicaram-se a esta tarefa. Em relação à componente sinfónica, de destacar projectos e ciclos temáticos, entre eles, o “Progetto Pollini” que abarcou composições desde a Idade Média aos nossos dias.
O teatro, género preferido do fundador do festival, Max Reinhardt, ressuscitou após anos de pouca criatividade. Peter Stein, Ivan Nagel e Frank Baumbauer dedicaram-se a esta tarefa. Em relação à componente sinfónica, de destacar projectos e ciclos temáticos, entre eles, o “Progetto Pollini” que abarcou composições desde a Idade Média aos nossos dias.
Gérard Mortier não temia as fortes críticas da imprensa conservadora, nomeadamente da imprensa vienense, ao reformar radicalmente o conceito do festival. Nunca conformado com privilégios instituídos, quebrou a primazia dos Wiener Philarmoniker em actuações durante o festival e enfrentou os lobbies da indústria discográfica.
Mortier poderá não ter revolucionado o festival, transformou-o, no entanto, de forma significativa, assegurando a componente contemporânea e moderna e, assim, o futuro do próprio festival.

- to be continued -
Imagens: Gerard Mortier; a produção de Don Giovanni em 1994, com Patrice Chéreau e Daniel Barenboim; Ricardo II de Shakespeare em 1999
1 comentário:
Como sempre, é interessante!
Viva Filipe! :)
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