Prosimetron

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sábado, 4 de dezembro de 2010

Jardins - 8


Constant Dutilleux (1807-1865) - Pins et bouleaux [Fontainebleau], 1855
Paris, Museu do Louvre

Dizem que é jardim
porque repousa

E diz-se também que se ilumina
em pausas
repentinas

Mas que dizer da trama
em movimento?

Que dizer do vento?
Que se prepara o incêndio
aqui na folha

António Ramos Rosa
De O incerto exacto (1982)
In: A mão de água e a mão de fogo. Coimbra: Fora do Texto, 1987, p. 191

2 comentários:

ana disse...

Gosto da simplicidade do António Ramos Rosa. Só tenho um livro dele mas aprecio-o. O poema qe escolheu é lindo!

MR disse...

Também gosto. É um dos poetas que mais leio e releio.