Schloss Herrenchiemsee, o terceiro castelo que Ludwig II da Baviera mandou construir, situa-se numa das três ilhas do lago Chiemsee no Sul da Baviera. A ilha terá sido a segunda opção, pois a localização inicialmente prevista e próxima de Linderhof revelou-se demasiado pequena para este projecto ambicioso. Ludwig II adquiriu a ilha por 350.000 florins em 1873, a construção iniciou-se em 1878 sob a autoria dos arquitectos Georg Dollmann, Julius Hofmann, Franz Widmann e Philippe Peron.
Tal como Neuschwanstein, Herrenchiemsee nunca viria a ser concluído. A edificação foi descontinuada em 1885 por falta de meios financeiros, poucos meses antes do falecimento de Ludwig II. Algumas fracções iniciadas foram posteriormente abatidas, entre elas, a ala norte em 1907. Para a posteridade, restaram apenas as três alas do complexo principal.
Schloss Herrenchiemsee mostra-nos inequivocamente a inspiração do Rei Cisne: neste refúgio, teria Ludwig II. o seu próprio, pequeno Versailles, em homenagem aos reis franceses absolutistas. Aqui, dedicar-se-ia aos seus sonhos num isolamento e afastamento voluntários, longe da multidão, ou seja longe do mundo político de Munique que Ludwig II tanto evitava.
Tal como Neuschwanstein, Herrenchiemsee nunca viria a ser concluído. A edificação foi descontinuada em 1885 por falta de meios financeiros, poucos meses antes do falecimento de Ludwig II. Algumas fracções iniciadas foram posteriormente abatidas, entre elas, a ala norte em 1907. Para a posteridade, restaram apenas as três alas do complexo principal.
Schloss Herrenchiemsee mostra-nos inequivocamente a inspiração do Rei Cisne: neste refúgio, teria Ludwig II. o seu próprio, pequeno Versailles, em homenagem aos reis franceses absolutistas. Aqui, dedicar-se-ia aos seus sonhos num isolamento e afastamento voluntários, longe da multidão, ou seja longe do mundo político de Munique que Ludwig II tanto evitava.
No entanto, degradar Herrenchiemsee a uma simples réplica de Versailles seria injusto: várias são as preciosidades no interior que foram concebidas de acordo com plantas ou gravuras antigas que mostravam construções arquitectónicas ou objectos de Versailles que, em 1878, já não existiam no original francês. Faustoso exemplo deste renascimento da obra do Rei Sol por terras bávaras é a célebre escadaria Gesandtentreppe com que a Escalier des Ambassadeurs, destruída por ordem de Luís XV em 1752, ressuscitou.
Tal como em Versailles, representam os excêntricos e exuberantes aposentos do rei (Prunkschlafzimmer) o centro arquitectónico do castelo.
A Galeria dos Espelhos de Herrenchiemsee orgulha-se de ser maior do que a Galerie des Glaces: com 98 metros de comprimento, supera em 7 metros o salão de Versailles e constitui a maior sala de um palácio/castelo situado na Alemanha. Em 17 espelhos, reflecte-se a luz de 44 candelabros e 33 lustres. A decorar este clímax em estilo Rococó bávaro, juntam-se bustos de imperadores romanos e estátuas de deuses da Antiguidade. Os frescos no tecto mostram cenas de batalhas de Luís XIV.
Ludwig II terá, segundo algumas fontes, visitado a obra em curso durante os meses de Setembro e Outubro de 1885. Terá pernoitado num castelo antigo (Altes Schloss) desta ilha que provinha de um antigo convento.
Viria a falecer pouco tempo depois, a 13 de Junho de 1886 no lago de Starnberg (Starnberger See).
Em 1986, por ocasião do centenário do seu falecimento, foi inaugurado um pequeno museu dedicado ao Rei Cisne neste magnífico castelo (König Ludwig II – Museum).
Tal como em Versailles, representam os excêntricos e exuberantes aposentos do rei (Prunkschlafzimmer) o centro arquitectónico do castelo.
A Galeria dos Espelhos de Herrenchiemsee orgulha-se de ser maior do que a Galerie des Glaces: com 98 metros de comprimento, supera em 7 metros o salão de Versailles e constitui a maior sala de um palácio/castelo situado na Alemanha. Em 17 espelhos, reflecte-se a luz de 44 candelabros e 33 lustres. A decorar este clímax em estilo Rococó bávaro, juntam-se bustos de imperadores romanos e estátuas de deuses da Antiguidade. Os frescos no tecto mostram cenas de batalhas de Luís XIV.
Ludwig II terá, segundo algumas fontes, visitado a obra em curso durante os meses de Setembro e Outubro de 1885. Terá pernoitado num castelo antigo (Altes Schloss) desta ilha que provinha de um antigo convento.
Viria a falecer pouco tempo depois, a 13 de Junho de 1886 no lago de Starnberg (Starnberger See).
Em 1986, por ocasião do centenário do seu falecimento, foi inaugurado um pequeno museu dedicado ao Rei Cisne neste magnífico castelo (König Ludwig II – Museum).
Imagens: Fachada principal; Gesandtentreppe; Spiegelsaal; Ludwig II
10 comentários:
Infeliz, excêntrico, sonhador- são alguns dos adjectivos que primeiro me ocorrem relativamente a este rei esteta.
Apesar de o acusarem de negligenciar o governo da sua Baviera, a verdade é que não havia muito por onde escolher- confrontar a Prússia de Bismarck e GuilhermeI com o risco de levar o reino bávaro ao abismo e perder o trono como aconteceu a outros príncipes alemães?
Exilou-se dentro do seu próprio reino, sem prestar nunca vassalagem a Berlim.
Quanto às finanças bávaras... A verdade é que os castelos de Ludwig são hoje uma das grandes fontes de receita turística do Land da Baviera, tanto pelas visitas como pelo merchandising associado.
Não conheço estes castelos, mas um dia hei-de ir.
Como dizia ontem (por acaso, já foi hoje) uma amiga minha: «Eu quero ir a todo o lado.»
M.
Mas este rei era um pouco tarado. Talvez por isso exerce um certo fascínio sobre as pessoas. Tal como a prima, a primeira destas princesas conhecidas que se confrontou com o conto de fadas.
Filipe, acha que ir visitar este castelo é estar "longe da multidão"? Eu percebi, estou-me só a meter consigo (se não levar a mal). Vamos sonhando... os delírios que ele fez.
Lindo post. Adoro este rei romântico.
A.R.
Como sabem alguns amigos mais antigos, fascinou-me sempre a personalidade de Luís II da Baviera. Vi os filmes, li os livros etc. Começou por ser um monarca muito promissor, adorado pelo seu povo, mas acabou misantropo, misógino e a afastar-se da realidade. Curiosamente, e o Filipe também sabe disso, nunca deixou de ter a simpatia dos seus súbditos, sendo mais querido que o seus sucessores que, especialmente o tio, bastante conspiraram contra ele.
E, esta é a minha "tese" geral sobre ele, foi um deslocado no tempo. Pelo carácter e pelos gostos, era um príncipe do séc.XVIII a viver no séc.XIX. O seu fascínio por Versailles e Luís XIV, ou até pelas lendas medievais alemãs, levando quase ao limite essas admirações, são a prova dessa inadaptação. E, como sabemos, os deslocados no tempo são muita vezes fonte de sofrimento para si mesmos e para quem os rodeia.
Também não conheço a Baviera, viagem já várias vezes planeada mas sempre adiada. O meu problema é que adiro completamente à frase da amiga da M.- Também quero ir a todo o lado. Felizmente, a Baviera é um destino bem próximo.
Já somos três a querer ir a todo o lado... eu só vou aonde me deixam... (campainha)... heheheh
Ah! Ah! Ah!
Quando a sineta toca «tlim, tlão» é para acabar «menino bonito do meu coração!»
Anh?! Este anónimo já ganhou o dia!
Se me quiserem como guia para um tour pela Baviera, estarei disponível com todo o gosto.
Miss Tolstoi, tem alguma razão quanto à "aplicabilidade" do título "Longe da multidão". Sobretudo no Verão, os "exércitos" japoneses invadem os castelos de Ludwig. Neuschwanstein então, mein Gott!
Acho que o Prosimetron tem de abrir uma secção excursionista. E com esta já são duas viagens. Inscrevo-me.
M.
Estou inscrito. Obrigado ao Filipe. Quando se começa a fazer a mala.
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