Prosimetron

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sábado, 14 de março de 2009

Meditação

MEDITAÇÃO DO INFANTE D. PEDRO

A grandeza da pátria que procuram
nos mares nas descobertas nas conquistas
tudo há-de perecer. Do passado farão
única força se o presente a não tem.
Do futuro dirão que desconhecem.
Por ele hei-de morrer. Por outra
tal grandeza que reviva na alma
mais que no corpo e fundamente
que o meu sonho não morra inutilmente.

- João Mattos e Silva

( in Diogo Freitas do Amaral- os poemas da minha vida, 2ªedição, Maio 2005, Edições Público)

Veio-me à memória este poema do nosso João Mattos e Silva a propósito do meu serão de ontem. Não podemos renegar o passado, mas também não devemos fazer dele única força mesmo que o presente a não tenha.

5 comentários:

Anónimo disse...

O poema é lindíssimo.
A imagem também é engraçada, parece tirada dos livros da minha escola primária.
A.R.

LUIS BARATA disse...

Não me diga que ainda estudou pelos "livros únicos" !

Anónimo disse...

Esqueci-me de dizer que o seu pensamento acerca do passado/presente é pertinente. Não se pode viver só de memórias, porque elas voam,mesmo fazendo parte integrante de nós. Vale mais olhar para o futuro...mesmo sendo desconhecido!

Eu fiz a escola primária de 68 a 71
A.R.

Anónimo disse...

Bonito poema! Também gosto do vencido de Alfarrobeira, é pena estar esquecido, afinal como tantas outras figuras da nossa história

Anónimo disse...

Pelos vistos o serão veio no seguimento da frase do Marcel Pagnol...
E, claro, gosto do poema.
M.