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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Castelos de Portugal 2 – Estremoz: à procura da Rainha Santa

Esta visita pelos castelos tem como objectivo mostrar aquilo que mais me impressionou.
Seguindo pela Estrada Nacional 4, avista-se erguido, sobre uma colina, a norte da serra de Ossa, o castelo de Estremoz e a torre de menagem, de mármore branco (27 metros de altura) que se distingue do resto das muralhas e das torres que a circundam.
As pedreiras, recurso económico da região, já eram exploradas no tempo dos romanos. Estremoz foi conquistada aos muçulmanos na mesma altura que Évora e, apesar de ter conhecido avanços e recuos na Reconquista, acabou por receber foral de D. Afonso III em 1258.
D. Dinis ergueu o Paço Real, junto ao castelo. No Paço, faleceu a Rainha Santa Isabel a 4 de Julho de 1336, sendo o seu corpo mais tarde trasladado para o Convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra. Estremoz era um dos paços favoritos da rainha D. Isabel onde é conhecida pela Rainha da Paz por causa de ter resolvido os conflitos entre o rei D. Dinis e o filho, D. Afonso IV, e entre o seu filho e o rei Afonso XI de Castela.
A Capela da Rainha Santa situada a poente da torre de menagem, no piso alto do torreão norte ocidental é uma pequena jóia barroca. Escolhi três painéis que decoram a capela para recordar a rainha.
Milagre da Aparição da Virgem de André Gonçalves (?), 1730

Óleo sobre tela 2,20x1,40 m. Este episódio hagiográfico tem origem numa biografia do século XIV, narrativa da morte.

As rainhas servem as freiras de Santa Clara, de André Gonçalves ?, década de 1730

Óleo sobre tela 2,20x1,40 m .

A rainha D. Isabel com a coroa a servir à mesa as freiras do convento com a sua nora D. Brites (Beatriz) no dia da inauguração do refeitório do Mosteiro de Santa Clara. Interessante é o pormenor da coroa de D. Isabel.

A morte da Rainha Santa de autoria desconhecida, data do 2º quartel do século XVIII Retábulo da câmara da Rainha (altar-mor)

Óleo sobre cobre, 64x46cm.

O tema é a aparição da Virgem à Rainha Santa na véspera da sua morte.

Esta fortificação desempenhou um papel importante em diferentes momentos da nossa História durante: a crise política de 1383-1385; a crise dinástica de 1580; as guerras de Restauração da independência e a Guerra Peninsular.

M. Lourdes Cidraes Vieira, Os Painéis da Rainha: Colibri/Câmara Municipal de Estremoz, 2005. p. 64; 66; 70

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