Prosimetron

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terça-feira, 2 de novembro de 2010

Arrumando fotografias - 2



«Hier, à la Villa, pensé aux milliers de vies silencieuses, furtives comme celles des bêtes, irréflechies comme celles des plantes, bohémiens du temps de Piranèse, pilleurs de ruines, mendiants, chevriers, paysans logés tant bien que mal dans un coin de décombres, qui se sont succédés ici entre Hadrien et nous.» (Marguerite Yourcenar - Carnets de notes de Mémoires d'Hadrien)



Canopo - «Nous sommes encombrés de statues, gorgés de délices peintes ou sculptées, mais cette abondance fait illusion; nous reproduisons inlassablement quelques douzaine de chefs-d'oeuvre que nous ne serions plus capables d'inventer. Moi aussi, j'ia fait copiere pour la Villa d'Hermaphrodite et le Centaure, la Niobide et la Vénus. J'ai tenu à vivre le plus possible au milieu de ces mélodies de formes.» (Marguerite Yourcenar - Memórias de Adriano)


Vila Adriana, 12 Set. 2008

Cit. retiradas de Nicoletta Lanciano - Villa Adriana: entre ciel et terre. Roma: Apeiron, 2007

6 comentários:

Miss Tolstoi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miss Tolstoi disse...

VILLA ADRIANA

De súbito, entre as casas rústicas, e a [estrada,
e o monte agreste e Tivoli, o invisível
oásis gigantesco.
Ao sol que passa
um arvoredo esparso, os campos verdes e
paredes, termas, anfiteatros, lagos,
e a paz serena e longa do Canopo
onde como dantes cisnes vogam.

Palácio, o império em miniatura,
e sobretudo a solidão povoada
de guardas, secretários, servidores,
e gladiadores, e de uma sombra hercúlea,
ao mesmo tempo ténue e flexível,
e em cuja fronte os caracóis se enredam.

Neste silêncio em ruína, as sombras descem frias.

Mas para sempre o Imperador está vivo,
e o sonho imenso de um poder tranquilo
em que até mesmo escravos fossem livres
e as almas fossem corpos só tementes
de não salvar na vida o ser-se belo e jovem.

Jorge de Sena

MR disse...

Não me lembrava deste poema do Jorge de Sena, senão...
Obrigada! Gostei imenso do seu contributo.

Miss Tolstoi disse...

Consoante fui vendo os seus posts, fui-me lembrando de alguns poemas.
Gostei principalmente destas duas fotos do muro.
Tenho andado um bocado preguiçosa.
E quanto a arrumar fotografias, eu precisava de arquivá-las; qualquer dia o computador estoira. Pum! :)

Filipe Vieira Nicolau disse...

Belas recordações que tenho de Tivoli! Grazie

LUIS BARATA disse...

Belas fotos! Tb este local me diz muito.