Prosimetron

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Cartas a Um Jovem Poeta. Rainer Maria Rilke.

Terceira Carta.
“…leia trabalhos estéticos e críticos o menos possível – ou correspondem a opiniões partidárias que petrificaram e perderam o sentido na sua rigidez sem vida, ou não são mais do que jogos de palavras sofisticadas, que hoje defendem uma coisa para amanhã defenderem o contrário. A obra de arte é de uma solidão sem fim, e nada está mais longe de tocá-la do que a crítica. Só o amor poderá compreender e sustentar e fazer justiça a uma obra de arte. Em relação a estas polémicas, recensões ou prefácios, confie sempre em si próprio e na sua sensibilidade; se estiver enganado, o crescimento natural da sua vida interior conduzi-lo-á lentamente com o passar do tempo a novos conhecimentos.”

Viareggio, junto a Pisa (Itália), 23 de Abril de 1903

Rainer Maria Rilke, Cartas a um Jovem Poeta, Lisboa: Contexto, 2000, p.27

1 comentário:

Filipe Vieira Nicolau disse...

Rilke acerta sempre. A última frase diz muito.