Prosimetron

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Inimigo público - 3

- Repórter fotográfico no Externato de Pedralvas ( foto tirada do sítio da TVI24 ) .

Como devem ter lido ou ouvido ontem, são já dois os estabelecimentos de ensino da Grande Lisboa fechados devido à gripe A. O primeiro deles, e do qual se sabe mais, é o Externato de Pedralvas, Benfica, onde 4 crianças foram infectadas por uma quinta, um menino de 18 meses.
O que é lamentável e altamente reprovável é a atitude dos pais deste menino que foram recentemente de férias para o México com a criança, e regressados a Portugal colocaram a criança no externato quando esta já apresentava uma ligeira febre. Nunca disseram à direcção do Externato que tinham viajado para o México.
Estes pais são pelo menos passíveis de responsabilidade civil, se não mesmo de responsabilidade penal, e demonstram uma falta de civismo intolerável. Se atitudes semelhantes se repetirem, então estamos bonitos...
Entretanto, lá foram medicados os pais das crianças, professores e funcionários que o desejaram, e o externato fechado por duas semanas com os transtornos que se imaginam. Tudo perfeitamente evitável.

5 comentários:

Anónimo disse...

Concordo.
Aliás, já que estamos tão entusiasmados com a Constituição 0.2, proponho que esta preveja que os todos os HIV positivos sejam obrigados a declará-lo à família, aos amigos, ao patrão, na escola, no restaurante e nos transportes públicos.
A menos que sejam monárquicos, judeus, negros, homossexuais, bloquistas, depositantes do BPN, maçons, bósnios ou membros de outras minorias oprimidas a definir em legislação regulamentar.

Anónimo disse...

O anterior anónimo assina-se habitualmente
ONX

LUIS BARATA disse...

Esqueceu-se dos depositantes do B.P.P., mais penalizados do que os do BPN.
Falando mais a sério, não me parece que seja de todo uma comparação razoável. Desde logo, pelos modos de contágio.

Anónimo disse...

Uma chapelada pelo desportivismo!

Como bem viu, o meu comentário era uma brincadeira que só pretendia ilustrar o verdadeiro problema com estas coisas: QUEM decide COMO e ONDE traçar a fronteira da liberdade individual.

ONX

LUIS BARATA disse...

Percebi perfeitamente as suas objecções, e concordo com elas em tese, mas também acho que é precisamente perante cenários de epidemias e pandemias que necessariamente as liberdades individuais terão de ceder perante o interesse colectivo. O problema, concordo consigo, é saber qual a justa medida do compromisso a fazer.