Prosimetron

Prosimetron

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sensível

Sensível

De dentro do sonho se projecta uma vida levada a ferros.
Como uma unidade antiga que se torno diversa nas
coisas de agora. Só não compreendo este modo de não
haver fascínio, espanto, paixão... como se do mundo só
restasse uma voz sem nome e sem escuta. Falo do sentir,
essa maneira simples de beber as coisas pelos olhos
e pela pele.
Os sentidos quase não existem para as coisas se tornarem
corpo.
E se é por ele que vivo, sem ele, esqueço...

Jorge Fragoso, O Tempo e o Tédio, Viseu: Palimage Editores, 1998, p. 14

Sem comentários: