Prosimetron

Prosimetron

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A caneta de tinta permanente!

Canetas, tinta e mata-borrão!

Li na SN que um coleccionador de canetas, da Califórnia, vai vender parte da sua colecção.
O leilão será efectuado pela Bonhams em Los Angeles e o acervo inclui desde esferográficas raras até artigos feitos por encomendas, pelas maiores marcas do sector, como a Lominchay, a Mont Blanc, a Parker ou Pelikan. Serão também vendidas canetas de autoria de criadores artesanais como L. Michael Fultz, Grayson Tighe ou Paul Rossi.
O artigo em causa fez-me sentir nostalgia. Todos gostamos de ter uma bela caneta e a ela associamos momentos importantes da nossa vida.
Vieram as memórias da escola primária e de um tempo em que se era obrigado a ter caneta de tinta permanente. Até se ser proprietária de uma caneta todos os momentos eram importantes: desde a escolha, a sua compra, à tinta que se usava. Pelikan era a tinta que comprava e, na escola, só podia usar azul, embora o preto e, em algumas circunstâncias, o sépia sejam as minhas cores preferidas.
A caneta, a tinta e o papel mata-borrão eram artefactos essenciais na secretária de estudo. Hoje, o mata-borrão está esquecido e a caneta foi substituída pela esferográfica bic, molin ou outra. A verdade é que se escreve mais no teclado qwerty do que na folha de papel branco e tem muitas vantagens: apagar, copiar, colar, e, a maior de todas, a letra é sempre legível e não nos apercebemos de quanto esta pode ser feia, como é no meu caso.
A caneta de tinta permanente fica guardada no estojo para o dia especial em que se faz uma assinatura ou uma prova ou, talvez, uma carta… mas as cartas também estão a morrer, até as cartas de amor, mesmo ridículas.

Sem comentários: