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segunda-feira, 1 de junho de 2009

60 anos de uma nação: 1964

A Confederação da Indústria Alemã cumprimenta o milionésimo imigrante: Armando Sá Rodrigues, 38 anos, carpinteiro português, é recebido na estação ferroviária de Deutz (Colónia) com pompa e circunstância. Representantes de várias associações e de embaixadas, acompanhadas de uma pequena banda, oferecem ao recém-chegado flores e uma mota. Rodrigues, surpreendido com a recepção, viria a trabalhar durante catorze anos em Estugarda, antes de regressar a Portugal onde, vítima de cancro, viria a falecer em 1979.

Dada a falta de mão-de-obra na Alemanha ocidental, a imigração de italianos, espanhóis, gregos e, mais tarde, turcos torna-se indispensável desde o final dos anos 50. As autoridades alemãs promovem o recrutamento nos países do Sul da Europa, onde os futuros trabalhadores são seleccionados sob critérios rigorosos quanto à idade, ao estado de saúde e à aptidão.

A comunidade italiana transforma os centros das cidades alemãs: restaurantes, pizzerias e gelatarias integram-se na oferta culinária com um êxito notável. Os alemães recordam as suas férias, passadas em Itália, nestes novos espaços gastronómicos.

Imagem: Armando Sá Rodrigues; chegada de imigrantes italianos em Frankfurt

3 comentários:

Anónimo disse...

Começo por dizer que a fotografia do português milionésimo imigrante é fantástica. Desconhecia este acontecimento.
Quanto à culinária italiana posso confirmar que na minha estadia em Berlim a procurei...não é que não gostasse da culinária alemã, mas não tenho assim muitas recordações, lembro-me que gostei da doçaria. Claro gostei da bratwurst e adorei os laticínios: o leite é divinal!
Filipe, pode falar da gastronomia alemã? Gosta?

LUIS BARATA disse...

Desconhecia por completo este nosso compatriota Sá Rodrigues, um entre muitos mas que por um acaso estatístico se tornou conhecido.

Anónimo disse...

Naquele tempo devem ter sido 10 minutos de glória. Mas com tanta gente que emigrou naqueles anos, só por acaso é o que o milionésimo imigrante na Alemanha não seria português.
M.