Prosimetron

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domingo, 8 de novembro de 2009

Citações - 47 : A política e os negócios

(...) Ao contrário do que diz a ortodoxia instalada, um Estado com empresas públicas não protege o bem comum. Um Estado com empresas públicas serve apenas os interesses de quem tem os cartões partidários certos ( laranja ou rosa ). No fundo, a corrupção é a outra face do " socialismo " e da " social-democracia ".
A promiscuidade entre partidos e empresas públicas é o nó górdio da corrupção que marca a nossa vida política. Se queremos diminuir a intensidade da corrupção, então, temos de privatizar essas empresas, as esquinas onde os corruptos gostam de cochichar. E, como se vê, estas privatizações não devem obedecer a critérios económicos, mas sim a critérios de ética política: sem estas empresas no rol do Estado, os senhores dos partidos ficam sem os lugares onde é possível meter a política e os negócios na mesma cama.

- No Expresso.


Não partilho da concepção de H.Raposo no sentido da privatização sistemática e absoluta das empresas públicas, até pelos exemplos de fora ( desde logo o britânico que deve ser caro a Raposo ) que revelaram que muitas vezes quem sai prejudicado com a privatização é o utente tanto nos preços como na qualidade dos serviços.
Sou é favorável a maior rigor na nomeação dos gestores públicos e, como acontece em alguns países, à responsabilização judicial também de quem nomeou caso se verifique corrupção.

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