
O terrorismo das Brigadas Vermelhas (RAF) marca a actualidade política da RFA em 1977. O Procurador-Geral da República, Siegfried Buback, é assassinado a 7 de Abril, quando a sua viatura pára diante de semáforos encarnados e é atingida por várias balas, disparadas por dois indivíduos que
se aproximam de Buback de mota. O “comando Ulrike Meinhof” reivindica o atentato, “justificando” o acto como retaliação à morte de alguns terroristas, entre eles, Ulrike Meinhof, que, no entender do comando, foram vítimas de homicídio. Na verdade, Meinhof cometera suicídio em 1976.
O atentado, já em si motivo de consternação geral, gera uma onda de protesto ainda maior, quando um jornal estudantil na cidade de Göttingen difama Buback como “cara de criminoso”.
se aproximam de Buback de mota. O “comando Ulrike Meinhof” reivindica o atentato, “justificando” o acto como retaliação à morte de alguns terroristas, entre eles, Ulrike Meinhof, que, no entender do comando, foram vítimas de homicídio. Na verdade, Meinhof cometera suicídio em 1976.O atentado, já em si motivo de consternação geral, gera uma onda de protesto ainda maior, quando um jornal estudantil na cidade de Göttingen difama Buback como “cara de criminoso”.

As brigadas prosseguem a sua agressão contra altos representantes do Estado e da economia. Susanne Albrecht e seus “amigos” Brigitte Mohnhaupt e Christian Klar são recebidos a 30 de Julho em casa de Jürgen Ponto, membro do Conselho de Administração do Dresdner Bank. Albrecht é irmã da afilhada de Ponto e pretende apenas fazer uma visita ao “tio Jürgen”. Na presença de sua esposa, Ponto é assassinado por Mohnhaupt e Klar, ao buscar um vaso para o ramo de rosas que Albrecht lhe oferecera.

A terceira vítima pública é Hanns-Martin Schleyer, Presidente da Associação Industrial Alemã. Seus guarda-costas e seu condutor são mortos num atentado a 5 de Setembro, Schleyer é raptado e tido como refém. Os terroristas exigem a libertação de detidos pertencentes à RAF, entre eles, Andreas Baader. O chanceler Schmidt e seus conselheiros decidem não ceder às reivindicações e tentar a libertação de Schleyer. Iniciam-se negociações com os terroristas através de um advogado de Genebra.
Poucas semanas depois, é capturado um avião da Lufthansa que seguia o percurso Mallorca rumo a Frankfurt. Os quatro terroristas árabes forçam o piloto a desviar o avião via Roma, Chipre, Dubai, Bahrain para a capital da Somália, Mogadishu. Exigem a libertação de palestinianos que se encontram numa prisão turca, bem como o pagamento de 15 milhões de dólares para a libertação de membros da RAF. Confirmam-se então as suspeitas em Bona: a capturação do voo está relacionada com o rapto de Schleyer.
O governo de Schmidt mantém-se firme. Decide libertar os passageiros do avião no aeroporto de Mogadishu, tidos como reféns há quatro dias. O capitão do voo fora entretanto morto por um dos terroristas. A 18 de Outubro, entra em campo uma unidade anti-terrorista especial, a GSG 9, que liberta todos os passageiros e a tripulação. Três dos quatro terroristas são abatidos.
Outros terroristas da RAF como Baader, detidos no estabelecimento prisional de Stammheim, suicidam-se ao saber do desfecho em Mogadishu e ao realizar que o Estado alemão é incontornável na sua posição em não ceder. A RAF retalia a actuação de Bona: no dia seguinte, é anunciado o assassínio de Schleyer. A terceira vítima é encontrada morta num carro em Mulhouse (Alsácia). Termina assim o Outono negro de 1977, também conhecido por “Outono alemão”.
O governo de Schmidt mantém-se firme. Decide libertar os passageiros do avião no aeroporto de Mogadishu, tidos como reféns há quatro dias. O capitão do voo fora entretanto morto por um dos terroristas. A 18 de Outubro, entra em campo uma unidade anti-terrorista especial, a GSG 9, que liberta todos os passageiros e a tripulação. Três dos quatro terroristas são abatidos.
Outros terroristas da RAF como Baader, detidos no estabelecimento prisional de Stammheim, suicidam-se ao saber do desfecho em Mogadishu e ao realizar que o Estado alemão é incontornável na sua posição em não ceder. A RAF retalia a actuação de Bona: no dia seguinte, é anunciado o assassínio de Schleyer. A terceira vítima é encontrada morta num carro em Mulhouse (Alsácia). Termina assim o Outono negro de 1977, também conhecido por “Outono alemão”.

Imagens: atentado a Buback; Helmut Schmidt, a viúva de Ponto e Walter Scheel, Presidente da República; Hanns-Martin Schleyer; o avião "Landshut" da Lufthansa em Mogadishu; os terroristas da RAF mais procurados
2 comentários:
Só agora li e como sempre interessante!
Hoje o seu post teve outros que me chamaram à atenção. Parabéns.
A Ana só leu agora, mas não por distracção sua, porque em virtude de um problema técnico que ocorreu esta manhã só foi publicado há pouco o post do Filipe, embora apareça assumida a hora original de 9h. Fica a explicação para todos.
Espero que não tenha sido "sabotagem" anti-germânica :)
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