
Foto roubada
Recebi, de um poeta amigo, um e-mail. Aqui fica a sua transcrição para todos. Em nome do Prosimetron obrigado pela colaboração.
Muito embora a época das perdizes ainda venha longe,aqui vai uma "pérola" do Abade de Jazente,"parente" do O'Neill :
Eu bem as vi, mas foi, Rocha erudito,
Arrotar tão de chofre d'entre o mato,
Que o Caçador um pouco estupefacto,
Em lugar de atirar-lhes, deu um grito.
Passaram-se depois a tal Distrito,
Donde apenas trepar pudera um gato;
Sem falar no desconto de um regato,
Que resiste ainda aos saltos de um cabrito.
Nisto chegou a noite e ao outro dia,
Ou porque o cão levava maus narizes,
Ou porque alguma velha nos benzia,
Corremos sem topá-las mil Países;
Bem sei que isto ao primor me não desvia
Mas esta é toda a história das perdizes.
Com votos de uma boa noite,
Alberto Soares.
4 comentários:
Obrigado Alberto Soares!
Há muito que não lia o Abade Jazente.
Também agradeço a Alberto Soares, que não conhecia antes do Jad ter colocado aqui poemas seus. Entretanto li os seus livros e gostei bastante, mesmo.
M.
O melhor é chamarem o Manuel Alegre: caça as perdizes, certamente o poeta e talvez a pessoa.
Gostei do poema. Ainda não li livros seus.
A.R.
Enviar um comentário