Prosimetron

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terça-feira, 14 de julho de 2009

"[?] ou [!]"


© Appler Dreamstime.com


Interrogação ou Exclamação.
Vi uma vez um poema que tinha como título apenas "[?] ou [!]".
Não me consigo lembrar onde e muito menos quem era o seu autor.
Será que algum dos leitores e colaboradores do Prosimetron me pode dar uma ajuda?

16 comentários:

LUIS BARATA disse...

E haverá só um? Dentro da vasta literatura universal? Estava escrito em português? Se sim, talvez seja mais fácil.

Jad disse...

Sim era de um autor português.

Jad disse...

Um poeta amigo,leitor quotidiano deste blogue, telefonou-me para me recordar os poemas de Alexandre O'Neil, onde alguns começavam por um dos sinais, seguidos de uma palavra ou de uma frase. Contudo não se recordava de nenhum que tivesse, como título, só e apenas os dois: "[?] ou [!]".
Obrigado!

Anónimo disse...

É um enigma?
M.

Miss Tolstoi disse...

Referir-se-á a "? (ou !)"? Não lhe chamaria um título.
Mas se acertei, deixe o suspense continuar. Não diga ainda de quem é. Pode ser que assim lá cheguem, embora duvide.
Depois me dirá como lhe ocorreu esta ideia.
Alexandre O'Neill... longe, longe... Mas talvez o apreciasse...

Miss Tolstoi disse...

Então, Luís Barata, já deitou a sua biblioteca abaixo?

LUIS BARATA disse...

Infelizmente, não tenho tido tempo para isso, e depois ela é tão vasta...

Jad disse...

Cara Miss Tolstoy!
Se calhar o título era mesmo "? (ou !)", mas não tinha mais nenhuma palavra, isso é o que recordo da minha memória visual... a outra, aquela a que normalmente chamamos memória, começa a estar um farrapo daquilo que foi...

Duas questões:
Porque diz: "Não lhe chamaria um título"?

E porque coloca a interrogativa "se acertei"?

Quer dizer que já sabe a solução!

Segundo alguns, que me telefonaram, tudo aponta para um poeta do século XX. Mas existem tantos poetas... Bom, deve estar morto (porque utiliza "apreciasse"). Um poeta morto, apreciador de O'Neil... Ñão devem faltar nomes, fraca ajuda.
De certeza que se está a rir... isso não se faz.

Miss Tolstoi disse...

Jad,
Primeiro que tudo, sou Tolstoi sem y.
Agora respondendo às suas perguntas:
1.º O poema a que se refere é "[?] ou [!]" ou "?!"? Eu conheço um que está encabeçado por "? (ou !)". Não sei se é o mesmo, mas parece-me que isto não será um título. Penso que o(a) poeta estaria à procura do título.
2.º Está anteriormente respondido. Como tal não sei se sei. Será que nos referimos ao mesmo poema?
3.º Por acaso, aquilo que eu quis dizer foi que O'Neill devia apreciar o(a) autor(a) do poema em questão. Ambos - O'Neill e o(a) tal - já falecidos. Infelizmente!
Estou a gostar disto. E os tais seus amigos em vez de lhe telefonaraem fariam melhor em deixar aqui os seus palpites. Era mais animado.

Jad disse...

Como posso confirmar se não me recordo.... como já escrevi o que resta da minha memória é um "farrapo" do que foi.
Quanto a ser uma indicação para procurar um título... não sei. Porque que é que o/a autor escreveria: "? (ou !)", que eu gosto de ler como: interrogação ou exclamação. Pode ser um título!

Quando desejar diga qual é esse poema que está no seu pensamento.

E então é um(a) poeta, já falecido(a), anterior a O'Neil.

Obrigado pela pista!

Miss Tolstoi disse...

Para mim, e se for o poema em causa, é primeira versão do soneto "Logos". De quem?
Jad, estou no caminho certo?

Miss Tolstoi disse...

Será que estou a ver a luz?
Se sim, vou dar mais uma pista: viveu no século XIX.
E, já agora, Jad, se eu acertar, há prémio?

Miss Tolstoi disse...

Jad, já que não me dá conversa, continuo com mais uma informação: açoriano. Agora toda a gente sabe quem é. A não ser que não seja o mesmo. E era uma grande barraca!!!

Jad disse...

Não sei.... já não me lembro.... Mas vou verificar. Obrigado pela dica!
E por acaso nasceu nos Açores? Não o poeta, a Miss...

Miss Tolstoi disse...

Se não se lembra não deve ser o mesmo...
Mesmo assim, deixo mais uma dica: socialista.

Miss Tolstoi disse...

Será de Antero de Quental? Está publicado nos "Sonetos completos":

LOGOS

Tu, que eu não vejo, e estás ao pé de mim
E, o que é mais, dentro em mim - que me rodeias
Com um ninho de afectos e de ideias,
Que são o meu princípio, meio e fim...

Que estranho ser és tu (se és ser) que assim
Me arrebatas contigo e me passeias
Em regiões inominadas, cheias
De encanto e de pavor... de não e sim...

És um reflexo apenas da minha alma,
E em vez de te encarar com fronte calma
Sobressalto-me ao ver-te, e tremo e exoro-te...

Falo-te, calas... calo, e vens atento...
És um pai, um irmão, e é um tormento
Ter-te a meu lado... és um tirano, e adoro-te!

ANTERO DE QUENTAL

Se tiver ganho, o que mereço? Talvez uma viagem... Aos Açores!
Sim, se acertei, não era fácil...