Prosimetron

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sábado, 8 de agosto de 2009

Nuno Barreto


Nuno Barreto - Auto-retrato

Só hoje soube da sua morte. Fiquei chocadíssima. O primeiro contacto que tive com a sua pintura foi através de uma gravura editada pela Cooperativa de Gravadores Portugueses, há largos anos. Depois vi uma exposição, talvez em 1982 (não consigo encontrar o catálogo!), na galeria da Livraria Bertrand, no Chiado. Maravilhosa exposição. Fiquei sempre arrependida de não ter comprado um daqueles quadros com árvores do Douro.
Nuno Barreto foi professor da Escola de Belas-Artes do Porto. Mais tarde, instalou-se em Macau, onde foi o principal dinamizador da Escola de Artes Visuais, inaugurada em 1989, e que esteve na origem da actual Escola Superior de Artes.
Faleceu no dia de São João, no Porto.


Nuno Barreto - Sem caminho entre ruínas
Acrílico sobre tela, 1986

«O charme de se viver num país com passado! O toque cultural que as ruínas emprestam à paisagem...Às vezes, o nosso presente está tão atravancado de ruínas do passado, que é impossível alargar um passo para o futuro.»


Nuno Barreto - Natureza morta com três pontes
Acrílico sobre tela, 1995
Macau, col. Restaurante do Clube Militar

«No friso superior mostra-se uma vista de Macau tal qual se pode ver desde o alto da Ilha da Taipa. Quem se aproxime da tela, poderá distinguir, perto do centro, a Ponte Velha; à direita a Ponte Nova, ondulante nas suas duas corcovas e, na extrema esquerda, a ainda incompleta ponte chinesa que hoje já liga duas ilhas vizinhas. A composição em geral faz alusão ao passado, ao presente e ao futuro, este que, em 1995, era tão incerto como uma estrada que avança pela noite.»


Nuno Barreto - Labirinto junto ao Estuário
Acrílico sobre tela, 1999
Col. Autoridade Monetária e Cambial de Macau

«Tenho uma queda pelos labirintos. Este situei-o no estuário do Rio das Pérolas ou, para traduzir com mais rigor, Rio Cor de Pérola. Só o labirinto é inventado. Lá ao longe é o que se vê da janela.»

http://geocities.com/nbarreto41_98/NB_home.html
http://pontofinalmacau.wordpress.com/2009/06/25/o-artista-que-tinha-macau-no-sangue/

2 comentários:

Jad disse...

O quadro que decora o Clube Militar de Macau acompanhou-me em algumas refeições.
Gosto da sua obra.
Sei que as suas cinzas foram colocadas numa Quinta do Vale do Douro.

Anónimo disse...

Sorte a tua...
Inspirador para uma refeição.
M.