Prosimetron

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sábado, 21 de março de 2009

Soneto

Copado, alto, gentil Pinheiro Manso;
Debaixo cujos ramos debruçados
Do sol ou lua nunca penetrados,
Já gozei, já gozei mais que descanso...

Quando para onde estás os olhos lanço,
Tantos gostos ao pé de ti passados
Vejo na fantasia retratados,
Tão vivos, que jamais de ver-te canso!

Ah! Deixa o Outono vir; de um jasmineiro,
Te hei-de cobrir, terás cópia crescida
De flores, serás honra deste outeiro.

E para te dar glória mais subida,
No teu tronco feliz, alto Pinheiro,
O nome escreverei de Margarida.

José Anastácio da Cunha

1 comentário:

ana disse...

É muito bonito este poema ao pinheiro manso que é uma árvore majestosa.