Prosimetron

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

D.Sebastião sob o olhar de João Cutileiro!

D. Sebastião criado por João Cutileiro
A escultura de D. Sebastião causou alguma polémica devido á aparência que o escultor lhe atribuiu. Será que retratou fielmente o jovem Rei?
As opiniões divergem. Pessoalmente gosto! Do Rei não venho falar mas sim do escultor.
Cutileiro nasceu em Lisboa a 26 de Junho de 1937. Conviveu com um grupo de personalidades da época, um deles, António Pedro, leva-o para desenhar no seu atelier, em 1946. Durante os dois anos que aí trabalhou, foi fortemente influenciado pelo Surrealismo. Entre 1949 e 1951, passa a frequentar o estúdio de Jorge Barradas onde executou trabalhos de modelismo e de pintura, para além de vidrados de cerâmica. Descontente, mudou-se para o atelier de António Duarte, onde foi assistente de canteiro. Foi aqui que contactou com a pedra. Com apenas catorze anos, no ano de 1951, Cutileiro apresenta a sua primeira exposição individual em Reguengos de Monsaraz, numa loja de máquinas de costura, mostrando esculturas, pinturas, aguarelas e cerâmicas. A Caminho de Cabul, para visitar o pai que lá ficaria um ano, passou por Florença, onde travou conhecimento com a obra de Miguel Ângelo e confirmou a certeza do gosto pela escultura. No regresso, inscreveu-se na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa sendo aluno de Leopoldo de Almeida. Não passou mais do que dois anos na referida Escola Superior, entre 1953 e 1954, por perceber que em Portugal o único material considerado prestável era o bronze. Saiu do país e foi para Londres, para a Slade School of Art. Nesse curso desenvolveu a sua capacidade com o seu mestre escultor Reg Butler e no final recebeu três prémios: Composição, figura e cabeça. Miguel Esteves Cardoso compôs um belo texto sobre as Lorelei, pequenas esculturas femininas em cima de falésias com diversos estados de espírito. Segundo este autor, Cutileiro retratou na pedra o momento fundamental, perpetuando o sentimento e o amor por aquelas meninas de pedra.

3 comentários:

Anónimo disse...

Gosto deste D. Sebastião, desde sempre, e do Cutileiro. As últimas coisas...
M.

Anónimo disse...

E, Jad, gostas do Cargaleiro? (Isto é uma piada, mas não ao Jad.)
Para que não haja equívocos, eu também gosto do Cargaleiro.
M.

Anónimo disse...

M, também acho que as últimas coisas são mais para vender e são mais decoração possivelmente do que arte!
A.R.

Gosto de Cargaleiro.