Prosimetron

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Lá fora - 43 : Breguet no Louvre


- Montre Nº 160- Marie-Antoinette


Está patente no Louvre, na Ala Sully, uma exposição dedicada a um dos grandes criadores de relógios da Europa, o suiço ( nem podia ser de outra maneira ) Abraham- Louis Breguet, fundador da marca que ainda hoje é uma das referências da relojoaria mundial.
São 170 peças prodigiosas de técnica, de relógios de mesa a de bolso, pêndulos etc, e com um requinte inigualável ou não tivessem sido encomendadas por Alexandre I da Rússia, Josefina Bonaparte, o Príncipe Regente ( futuro Jorge IV de Inglaterra ) , ou pelos riquíssimos príncipes Borghese e Demidoff.
Uma das estrelas da exposição é sem dúvida o famoso relógio de Maria Antonieta, ou mais propriamente o último que ela encomendou, porque era cliente habitual, e nunca chegou a usar.
O relógio foi encomendado obviamente antes da Revolução, com a condição de ser o mais avançado para a época, e Breguet começou a executá-lo, em ouro naturalmente, e com todos os mecanismos possíveis e imaginários- uma obra-prima da relojoaria europeia. Salvou-se milagrosamente do saque que foi feito na Maison Breguet durante a Revolução, só foi terminado já depois da morte de Breguet tal a complexidade, e foi passando de mão em mão até terminar na colecção do inglês David Salomons no início do século XX. À morte deste, a filha Vera legou o relógio ao Museu de Jerusalém de onde foi roubado em 1983.
A Casa Breguet resolveu então pesquisar nos seus arquivos e reconstruir o fabuloso relógio em 2003. É essa réplica rigorosa que está agora exposta no Louvre.
Entretanto, o original foi restituído ao Museu de Jerusalém pela viúva do ladrão em 2007...
- Breguet au Louvre, un apogée de l' horlogerie européenne, até 7 de Setembro.

3 comentários:

Anónimo disse...

Deve ser gira a exposição. Os relógios que colocou são lindos!
A.R.

Anónimo disse...

Esqueci-me de louvar a viúva que entregou o relógio ao museu.
Os relógios são objectos muito importantes são medidores do tempo!
Por vezes são horripilantes porque não queremos que as horas passem depressa, outras queremos que passem depressa e teimam em não passar...
Os relógios são também verdadeiras peças de arte,como por exemplo os ovos de Fabergé que possuíam alguns relógios magníficos.
A.R.

Jad disse...

Não conhecia a história. Obrigado