Prosimetron

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sábado, 6 de março de 2010

O laço branco...

Ontem fui ver O Laço Branco, de Michael Heneke, já aqui falado no blogue pelo Filipe. Saí do cinema com uma sensação de vazio. Vazio no sentido em que a beleza fotográfica do filme contrasta com a maldade e perversidade de um conjunto de pessoas: crianças e adultos.
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Não conheço a realidade alemã do início do século XX com profundidade para avaliar esta narrativa. Porém, a dimensão humana, vida/morte, poder/servidão, amor/ódio são muito bem retratados pelos realizador e argumentista.

De costas voltadas estas crianças agrupam-se em torno do inexplicável. A inocência revelada pela presença do laço branco está longe da pureza idealizada, ela é uma imposição de um protestantismo puritano. O ódio, a malícia, a hipocrisia e a inveja contracenam com a generosidade de um menino/inocência.
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O filme foca a condição do ser humano com tudo o que de bom e de mau encerra. Tem uma excelente fotografia, reflecte a beleza do preto e branco e uma tranquilidade aparente.
Apesar de sair vazia da sala do cinema gostei muito desta película.
Obrigada Filipe.

3 comentários:

ana disse...

Estávamos na sala 4 pessoas, a tela gigante, o som e os restantes lugares vazios. O filme tocou-me por isso trouxe aqui a minha percepção dele.

Filipe Vieira Nicolau disse...

Descreveu muito bem a essência deste filme no seu post. Vamos ver o que a Academia pensa amanhã ...

ana disse...

Obrigada Filipe.